22 de setembro de 2024
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O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), reagiu a críticas que recebeu de seus antigos companheiros de Psol após anunciar o apoio à reeleição de Eduardo Paes (PSD). Na manhã deste sábado, ele participou de um evento de campanha com o prefeito.

— A esquerda está unida em vários municípios. O dissidente não sou eu. Tenho coerência com o que sempre defendi, que é uma aliança ampla e democrática. Se eles [integrantes do PSOL] dão grande importância porque queriam o meu apoio, eu agradeço. Mas meu pensamento hoje é que precisamos de unidade para derrotar algo muito sério, que é o bolsonarismo no Rio de Janeiro — afirmou Freixo durante o evento neste sábado.

O prefeito Eduardo Paes (PSD) participou neste sábado de um evento para lançar a candidatura de Diego Vaz (PSD) a vereador num palanque em que reuniu Pedro Paulo (PSD) e Marcelo Freixo.

Freixo já enfrentou o próprio Pedro Paulo em 2016. Na época, o petista concorreu pelo Psol e perdeu no segundo turno para Marcelo Crivella. Nesta semana, o petista anunciou apoio a Paes, reforçou a necessidade de uma vitória no primeiro turno — que, na visão dele, passa por levar o eleitorado de esquerda ao candidato à reeleição — e defendeu que o atual prefeito concorra ao governo do estado em 2026.https://afc830c3f2d00466cd9c4f48090103b4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html?n=0

A declaração gerou reação no Psol, seu antigo partido, que tem o deputado federal Tarcísio Mota concorrendo contra Paes nas eleições deste ano. O parlamentar disse ao colunista Bernardo Mello Franco que está “decepcionado” com o apoio a Paes.

— Freixo virou um enigma para seus antigos companheiros. Seu apoio ao Paes não me surpreende, mas causa tristeza e decepção — disse Tarcísio ao colunista.

Outras figuras que encabeçam o partido, como o deputado federal Chico Alencar e a vereadora Luciana Boiteux, avaliaram a posição de Freixo como um “retrocesso” e disseram que o ex-aliado perde espaço para o próprio Tarcísio na esquerda fluminense.

— Freixo tem uma história de irresignação, de combatividade. Parece que está dispensando isso, em um “adaptacionismo” que retira dele até o carisma e a grande atratividade que tinha como figura pública — afirmou Chico.

Pelo PSOL, além de ter acumulado eleições ao Legislativo entre 2006 e 2018, Freixo concorreu à prefeitura do Rio em 2012 e 2016. Em ambas, foi rival do grupo político de Paes.

Com informações de O Globo

Fonte: https://agendadopoder.com.br/freixo-reage-a-criticas-de-tarcisio-e-ex-colegas-do-psol-apos-anuncio-de-apoio-a-paes-tenho-coerencia/