Gleisi comemora retorno da Petrobras ao setor de gás de cozinha e diz que privatizações foram crimes da era Bolsonaro – Agenda do Poder

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou neste sábado (9) o retorno da Petrobras ao setor de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha. Em publicação nas redes sociais, Gleisi classificou as privatizações da Liquigás e da BR Distribuidora, ocorridas no governo de Jair Bolsonaro, como “crimes contra a economia popular” e afirmou que, sob Luiz Inácio Lula da Silva, a estatal volta a exercer papel estratégico e a registrar lucros expressivos.

A manifestação veio após a Petrobras comunicar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que seu conselho de administração aprovou a retomada da distribuição de GLP. A medida reverte uma política de desinvestimentos adotada há cinco anos, quando a Liquigás foi vendida a grupos privados como parte de um programa de privatizações.

Reversão de política e reposicionamento estratégico

No comunicado à CVM, a Petrobras informou que a atividade voltará a integrar seu plano estratégico, com objetivo de “atuar na distribuição de GLP, integrar com demais negócios no Brasil e no mundo e oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes”.

A decisão atende a um pedido reiterado do presidente Lula, que defende a reconexão da estatal com seu papel social e estratégico, especialmente no abastecimento de produtos essenciais à população de baixa renda.

O retorno ao setor de gás de cozinha não encontra obstáculos legais, ao contrário da distribuição de combustíveis líquidos — gasolina e diesel —, da qual a Petrobras está impedida de participar até 2029 devido a cláusulas contratuais da venda da BR Distribuidora (atual Vibra).

Impactos esperados para o consumidor

Para especialistas, a presença da Petrobras no mercado de GLP pode contribuir para maior estabilidade de preços e melhoria na logística de distribuição, sobretudo em regiões de menor acesso. A medida também reforça a estratégia do atual governo de posicionar a estatal como empresa de energia integrada, capaz de combinar geração de lucros com responsabilidade social e ambiental.

A presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, já havia sinalizado a intenção de retomar áreas consideradas estratégicas e perdidas em administrações anteriores. A fala de Gleisi reforça essa orientação, destacando que a estatal volta a alinhar-se ao interesse público e ao desenvolvimento nacional, revertendo decisões da era Bolsonaro que, segundo o PT, comprometeram a economia popular e a soberania energética do Brasil.