O Instituto Gerp divulgou nesta terça-feira (29) a mais recente pesquisa para a disputa presidencial de 2026. Segundo o levantamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que está inelegível – seria o único candidato da direita que conseguiria vencer Lula, caso as eleições fossem hoje. Além disso, o levantamento mostra também que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), aparece empatada tecnicamente com o petista, com uma pequena vantagem para o atual presidente.
Segundo o Gerp, se as eleições fossem hoje, Bolsonaro teria 37% das intenções de voto, contra 30% de Lula. Ciro Gomes, do PDT, teria 7%; Pablo Marçal (PRTB), aparece com 4%, seguindo pelo governador do Paraná, Ratinho Jr., do PSD, com 3%. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, também teria 3% das intenções de voto, e Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, teria 2%. Os que não sabem ou não opinaram somam 5%, enquanto 7% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos.
Com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na disputa no lugar de Bolsonaro, Lula aparece na frente com 30% das intenções de voto, contra 19% do bolsonarista. Em terceiro aparece Pablo Marçal (9%), seguido por Ciro Gomes (9%), Ratinho Jr. (7%), Romeu Zema (4%) e Ronaldo Caiado (4%). Entre os entrevistados, 14% disseram que não votariam em nenhum dos candidatos, enquanto 5% não sabem ou não responderam.
O clã Bolsonaro
Numa disputa direta com a família Bolsonaro, Lula aparece à frente de Michelle e Eduardo. No entanto, a ex-primeira-dama aparece melhor que o filho do ex-presidente e empataria tecnicamente com o petista, que tem uma ligeira vantagem contra ela. Numa disputa com Michelle, Lula teria 29% contra 27% da ex-primeira-dama. Ciro Gomes vem em terceiro com 10%, seguindo por Pablo Marçal (6%), Romeu Zema (6%), Ratinho Jr. (5%) e Ronaldo Caiado (4%). Não sabem ou não opinaram somam 4% e 10% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos.
Na disputa com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula teria 29% contra 18% do senador. Ciro Gomes teria 11% e aparece em terceiro à frente de Pablo Marçal (8%), Romeu Zema (7%), Ratinho Jr. (6%) e Ronaldo Caiado (4%). Entre os entrevistados, 13% afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos, enquanto 4% não sabem ou não responderam.
Bolsonarismo dividido e Haddad no lugar de Lula
O Gerp quis saber também quem deveria ser o substituto de Bolsonaro caso o ex-presidente continue inelegível e seja impedido de disputar a Presidência. Tarcísio de Freitas aparece empatado tecnicamente com Michelle, com pequena vantagem para o governador de São Paulo (30%) sobre a ex-primeira-dama, que tem 26% da preferência dos entrevistados. Eduardo Bolsonaro seria o substituto ideal para apenas 9% dos eleitores, enquanto 26% apontam que ninguém deveria substituir o ex-presidente Bolsonaro. Já aqueles que não sabem ou não responderam somam 9%.
O levantamento também perguntou aos eleitores quem deveria ser o substituto de Lula, caso o presidente não dispute a reeleição. O preferido entre os entrevistados é o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que conta com 22% da preferência. Em segundo aparece o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), com 16%, seguido pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), com 10%. Os que não sabem ou não opinaram somam 12%, enquanto 41% querem Lula na disputa e não votariam em nenhum dos nomes apontados.
Rejeição e avaliação do governo
A pesquisa também fez um levantamento sobre a rejeição dos candidatos e a avaliação do governo Lula. Entre os entrevistados, 48% disseram que não votariam no petista de jeito nenhum, enquanto 38% afirmaram que não escolheriam o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ministra Gleisi Hoffmann aparece em terceiro (27%), seguida por Eduardo Bolsonaro (26%), Pablo Marçal (16%), Ciro Gomes (15%), Ratinho Jr. (12%), Ronaldo Caiado (10%), Tarcísio de Freitas (9%), e Romeu Zema (8%).
Sobre a avaliação do governo, 57% afirmaram que desaprovam e 33% dos entrevistados avaliaram positivamente o desempenho do presidente, enquanto 10% não sabem ou não responderam.
Já sobre o trabalho do presidente Lula, 39% classificaram como péssimo, 13% como ruim, 21% como regular, 17% como bom e 8% como ótimo. Não sabem ou não responderam somam 2%.
A pesquisa do Instituto Gerp foi realizada entre os dias 21 e 25 de abril em 160 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. Foram realizadas duas mil entrevistas e a margem de erro é de 2,24% para mais ou para menos, com índice de confiança de 95,55%.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/inelegivel-bolsonaro-seria-o-unico-nome-da-direita-capaz-de-superar-lula-aponta-pesquisa/
