
O Supremo Tribunal Federal condenou, por maioria da Primeira Turma, acusado de chefiar uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A internet reagiu exatamente como o brasileiro costuma reagir: com memes e indignação.
Enquanto o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia cravou o placar em 3×1 pela condenação, ao lado de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Luiz Fux ficou do lado oposto, e o último voto, de Cristiano Zanin, ainda aguarda confirmação. Assista ao vídeo com a confirmação:
‘Aura’ e ‘sensata’: o voto de Cármen Lúcia
Do lado a favor da condenação de Bolsonaro, sobraram piadas e brincadeiras com Cármen Lúcia, como o meme absolut cinema, ligado ao cineasta norte-americano Martin Scorsese, com a foto da ministra e o trocadilho asbolut justiça (justiça absoluta, em tradução literal).
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) postou um meme e, na sequência, festejou o resultado: “Resta votar o ministro Cristiano Zanin. Caso ele vote a favor e forme-se um placar de 4 a 1 pela condenação, Bolsonaro não poderá recorrer ao Plenário do Supremo. Os crimes de Bolsonaro podem somar até 43 anos de prisão.”
Alguns internautas relembraram o icônico informe do plantão da Rede Globo, com o anúncio do apresentador William Bonner confirmando a maioria do Supremo pela condenação.
“O Brasil, que luta há anos por justiça, terá nessa sentença um marco histórico para o enfrentamento ao autoritarismo e à extrema direita”, postou a deputada Fernanda Melchionna, do PSOL.
‘Cadê a democracia?‘
Do lado bolsonarista, o clima foi de revolta. Nas redes sociais, os termos “perseguição política”, “ditadura da toga” e “Moraes ditador” voltaram ao topo dos assuntos mais comentados. Influenciadores da direita sustentam que o país virou “ditadura de toga” e que o julgamento foi “político, não jurídico”.
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu anistia para o pai. “Chegou a hora de fazer nada menos do que o certo, o justo”.
A dona do perfil “Te Atualizei” é Bárbara Destefani, que atua como influenciadora digital alinhada ao bolsonarismo e administra os canais e perfis com esse nome para veiculação de conteúdo político, chamou a condenação de ‘Suprema perseguição’.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-RS), notório apoiador do ex-presidente, disse que a ‘guerra será ferrenha’.
Enquanto isso, nas redes…
Já a galera do “não sou de direita nem de esquerda, sou do meme” fez a festa.
“Brasil em 2025 é só segunda temporada de 2023” — disse um usuário no X (antigo Twitter), postando uma montagem de Bolsonaro com roupa de presidiário ao som de funk triste.
Outro já mandou: “STF virou o VAR da democracia”, analisando cada passo do ex-presidente como se fosse final de campeonato.
E teve também quem postasse aquele meme do caixão: “Bolsonaro caindo, e os ministros do STF fazendo a dancinha”.
Mas e agora?
Com a condenação em andamento, Bolsonaro se aproxima do fim da linha jurídica. Já está inelegível desde 2023 e, agora, pode enfrentar prisão real caso os demais ministros confirmem a sentença e definam o regime fechado. O cenário para 2026 muda: o bolsonarismo perde o líder original, e a extrema-direita já busca nomes para manter viva a chama.
Nos bastidores, militares citados no inquérito também estão na mira, e novos desdobramentos podem atingir aliados de peso.
Enquanto isso, o país segue dividido. De um lado, quem comemora a vitória das instituições e a força do Supremo. Do outro, quem vê um teatro jurídico e jura que Bolsonaro está sendo destruído por combater o “sistema”.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/internautas-comemoram-condenacao-de-bolsonaro-por-maioria-no-stf/