27 de agosto de 2025
78% veem Congresso atuando em causa própria e reprovação cresce
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A uma semana do início do julgamento da ação penal sobre a trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), a possível presença de Jair Bolsonaro no plenário divide familiares, aliados políticos e integrantes do PL. O ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar, avalia acompanhar presencialmente as sessões, mas enfrenta resistência de parte de seu entorno.

Para uma ala mais radical de parlamentares do PL, Bolsonaro deveria comparecer para reforçar sua narrativa de perseguição política e se apresentar como alguém disposto a enfrentar as acusações. Esses aliados veem a presença no STF como um gesto simbólico de coragem e temem que a ausência seja interpretada como sinal de fragilidade.

Em contrapartida, políticos e assessores mais pragmáticos avaliam que a ida ao plenário traria mais prejuízos do que ganhos. A presença do ex-presidente no banco dos réus poderia ser explorada por adversários e gerar novas tensões com o STF, além de estimular manifestações inflamadas em um momento considerado sensível.

A família Bolsonaro também está dividida. Michelle Bolsonaro defende que o marido adote uma postura mais discreta, preservando sua saúde e evitando exposição desnecessária. Entre os filhos, Flávio Bolsonaro recomenda cautela, enquanto Carlos e Eduardo se mostram inclinados a apoiar a ida do pai ao julgamento.

A defesa do ex-presidente ainda não definiu uma posição oficial, mas advogados próximos reforçam que o comparecimento não traria benefícios jurídicos. A participação de Bolsonaro não altera o andamento do processo nem influencia as decisões dos ministros, tornando a escolha essencialmente política e estratégica.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/julgamento-da-trama-golpista-presenca-de-bolsonaro-no-stf-gera-divisao-entre-familia-aliados-e-pl/