Os deputados federais Altineu Côrtes (PL-RJ) e Glauber Braga (Psol-RJ) precisaram ser contidos por parlamentares para encerrar uma discussão acalorada, que ocorreu na noite de terça-feira (25), no Plenário da Câmara dos Deputados.
O bate boca foi iniciado por Glauber Braga, que não gostou do fato de o líder do PL, Altineu Côrtes, ter citado o assassinato do cunhado dele, o médico Diego Ralf Bomfim, ao argumentar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal de descriminalizar o porte de maconha para o uso pessoal.
“Nós temos aqui, uma deputada do PSOL, a deputada Sâmia, que é querida por nós, apesar de não estarmos no mesmo campo. Ela teve um irmão brutalmente assassinado no Rio de Janeiro por traficantes e milicianos. E o que alimenta o tráfico e a milícia? as drogas”, argumentou Altineu Côrtes.
Diego Bomim, de 35 anos, e outros dois médicos foram mortos a tiros, em outubro do ano passado, na Praia da Barra da Tijuca. A vítima teria sido confundida com um miliciano que mora no bairro.
“Não utilize a dor da nossa família para os seus objetivos políticos e pessoais. Nós não entendemos de drogas ilícitas, quem entende de droga ilícita é a família que está envolvida, diretamente, com desvio de medicamentos”, alfinetou Braga. E completou: “Lave a boca para falar do falecimento do irmão de Sâmia, a minha companheira”, afirmou.
Ao dizer que Altineu Côrtes apoiava pessoas que, supostamente, teriam envolvimento com o transporte ilegal de drogas, Glauber foi advertido pelo líder do PL.
“Não tenho medo das suas respostas. Vossa excelência deve tomar um remédio, vossa excelência está fora de si. Sabe porquê? O assassinato do seu cunhado atingiu o Brasil inteiro. As famílias do Rio de Janeiro choraram. As famílias do Brasil choraram. Eu não uso isso para benefício pessoal, não. Que história é essa?”, afirmou Altineu Côrtes.
Em seguida, os microfones dos dois parlamentares foram desligados pelo deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), que presidia a sessão no momento do atrito entre os parlamentares. Seguindo as informações do presidente Arthur Lira, não vamos acontecer nenhum palco de agressão entre parlamentares aqui”, enfatizou Bacelar.
Altineu e Glauber continuaram batendo boca, com os microfones desligados até que Bacelar decidiu dar prosseguimento à sessão. “Deputado Glauber, se o senhor tem problema com o líder Altineu, vossa excelência discute com ele no foro adequado, mas não aqui”, concluiu.
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