2 de novembro de 2024
Líder do PT na Câmara pede que importância e tamanho
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O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), pede que a segunda maior bancada da Câmara seja respeitada pelo seu tamanho e importância e admite o acordo para que um petista seja indicado para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). A legenda anunciou nesta semana a adesão à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB).

— O TCU foi colocado no bojo desse conjunto de preocupações, intenções, que a bancada sente-se no direito de reivindicar. O TCU não foi um elemento central da decisão. A governabilidade e a estabilidade institucional com uma disputa menos acirrada na Casa foram fundamentais.

Se não houver antecipação da aposentadoria dos atuais ministros, a vaga no TCU só será aberta em 2026.

De acordo com o líder do PT, o partido ficará com a escolha do segundo cargo da mesa da Câmara, depois do PL. A expectativa é que a legenda de Jair Bolsonaro escolha a primeira vice-presidência, deixando aos petistas a opção da primeira-secretaria.

— O que o PT reivindica é que seu tamanho e seu espaço sejam respeitados. Que nós não sejamos vítimas de um processo de blocagem contra o PT. Porque se as forças se unem contra o PT, pode reduzir o papel e a importância do partido.

Cunha nega que o governo tenha atuado pela escolha de Motta, mas diz que o objetivo dos petistas foi garantir que as pautas da interesse da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenham a tramitação prejudicada na Casa.

— Nós precisamos que o presidente da Casa tenha uma ação colaborativa nas pautas que interessam ao governo. E as pautas são as mais diversas possíveis. Levar essas pautas ao colégio de líderes é muito importante. O presidente da Casa tem muita força. A pauta é prerrogativa dele. Se ele se fecha para agenda do governo, cria problemas para o Executivo permanentemente.

O líder do PT afirma que o fato de Motta ter respaldo da oposição foi importante para evitar um acirramento que poderia atrapalhar o governo.

— Foi uma decisão de estabilidade, de menor disputa. Um processo de disputa permanente aqui na Casa poderia desvirtuar a força da nossa representação e trazer problemas na agenda que interessa ao governo. Ao compormos um bloco em que partidos da oposição estão presentes, significa que nós não vamos tratar o assunto da mesa diretora, do funcionamento da Casa, como um tema de disputa entre base e oposição.

Sobre o projeto de anistia dos presos por participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, Odair Cunha disse esperar que o tema seja resolvido ainda na gestão de Lira.

— A opinião da bancada é que nós somos contra a anistia. Ela é inconstitucional. E vamos trabalhar para derrotar o projeto. Não pode ter benefício constitucional quem atentou contra a Constituição. O que o presidente Arthur Lira assumiu é que esse tema será resolvido no mandato dele.

Segundo o líder do PT, se o tema voltar a ser tratado no ano que vem, com Hugo Motta, “o compromisso” é que a discussão ocorrerá de forma transparente no colégio de líderes

— É preciso ter clareza que nós estamos garantindo o funcionamento institucional e democrático da Casa. Quem tem posições diversas e diferentes pode colocar suas opiniões e quem tem maioria vence.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/lider-do-pt-na-camara-pede-que-importancia-e-tamanho-do-partido-sejam-respeitados-e-admite-negociacao-para-vaga-no-tcu/