30 de janeiro de 2025
Lula diz que não fará ‘bravata’ para reduzir preço de
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Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou medidas drásticas e reforçou a necessidade de incentivar a produção interna para reduzir o preço dos alimentos. “Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que sejam ‘bravata’. Eu não farei cota [de compras], não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi, como foi feito no Plano Cruzado. Não vou estabelecer nada que possa significar o surgimento de mercado paralelo”, garantiu.

O presidente defendeu investimentos na agricultura para aumentar a oferta e conter a inflação. “O que nós precisamos fazer é aumentar a produção de tudo aquilo que a gente produz. Fazer com que a chamada pequena e média agricultura – que são responsáveis pela produção de quase 100% dos alimentos – possa produzir mais. Para isso, a gente precisa fazer mais financiamento, modernizar a produção dessa gente”, explicou.

Lula afirmou que pretende dialogar com setores produtivos para entender as razões do aumento nos preços de alguns itens, como óleo de soja e carne. “Quando eu cheguei na presidência, o preço do óleo de soja tinha caído para R$ 4. E agora, subiu para R$ 10 ou R$ 9. Ou seja, qual a explicação de o óleo de soja ter subido? Não tenho outra coisa que não chamar os produtores de soja para saber. Por que o preço da carne, que caiu 30% em 2023, voltou a subir? É apenas a exportação? É a questão da matriz?”, questionou.

Ele concluiu enfatizando o papel do Brasil no agronegócio global. “Não falta alimento no Brasil. Acontece que nós temos que ter em conta que o Brasil virou celeiro do mundo. Aquilo que a gente falava há 20 anos atrás virou verdade, o Brasil virou o celeiro do mundo”, disse.

Sem interferência na Petrobras

Lula também disse que não interfere na política de preços da Petrobras e que a decisão sobre um possível reajuste no diesel cabe à estatal.

“Eu não autorizei o aumento do diesel. Porque desde o meu primeiro mandato, eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e dos derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República”, declarou.

Ele ressaltou que, mesmo em caso de reajuste, o preço final do diesel seguirá abaixo do valor praticado em dezembro de 2022, no governo Jair Bolsonaro. “Se ela [Petrobras] for fazer, ainda assim vai garantir que o preço do diesel fique abaixo do que era em dezembro de 2022. Mas ainda não fui avisado, e ela não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que, para a Petrobras, é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique à imprensa”, disse.

Lula minimizou a possibilidade de que um aumento no combustível gere tensões com os caminhoneiros, categoria que entrou em greve em 2018 devido à alta do diesel. “Se tiver uma movimentação de caminhoneiros, eu vou fazer o que sempre fiz a vida inteira. Nós vamos conversar com os caminhoneiros […] Vamos conversar com todo e qualquer setor que tiver qualquer problema com o governo”, afirmou.

Com informações do g1

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-diz-que-nao-fara-bravata-para-reduzir-preco-de-alimentos-o-que-precisamos-e-aumentar-a-producao/