
Em São Paulo, após comparecer ao velório do jornalista Mino Carta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os réus do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal têm direito à presunção de inocência e que “ninguém está julgando ninguém pessoalmente”. As declarações foram dadas a jornalistas nesta terça-feira, 2 de setembro.
Lula comparou o momento atual ao que viveu na Lava Jato e disse que, quando foi alvo de acusações, não se vitimizou. Segundo ele, há “processo, autos, delações e provas”, e cabe a cada investigado exercer seu direito de defesa. “Eu não reclamei, não fiquei chorando. Eu fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente”, afirmou.
Questionado sobre o julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, que começou nesta terça, o presidente evitou citar o nome de Jair Bolsonaro. Nessa frente de investigação, além do ex-presidente, outros sete aliados são réus no STF.
Lula disse esperar que “seja feita justiça”, com o devido respeito à presunção de inocência, inclusive para adversários, e avaliou que os fatos estão “vindo à tona”, permitindo ao país compreender “o período nefasto” que teria sido vivido recentemente. As falas ocorreram em meio à repercussão do primeiro dia de julgamento no Supremo.
Ao insistir no recado de que a Justiça deve se basear em provas, Lula reforçou o tom de cobrança para que os acusados demonstrem inocência, ao mesmo tempo em que buscou distinguir sua postura da de Bolsonaro, sem mencioná-lo diretamente. Para o presidente, a transparência do processo e o respeito às garantias legais são essenciais para que “o Brasil fique sabendo da verdade e apenas da verdade”.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-fala-em-presuncao-de-inocencia-no-stf-e-cutuca-bolsonaro-nao-fiquei-chorando/