A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, assumirá interinamente o comando do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, após a demissão de Silvio Almeida, anunciada na noite desta sexta-feira (6). A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio às acusações de assédio sexual contra Almeida, sendo uma das supostas vítimas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Com essa mudança, Esther Dweck acumulará as responsabilidades de dois ministérios, mantendo também a gestão da pasta de Inovação em Serviços Públicos.
Durante o processo de transição de governo em 2022, Dweck e Anielle Franco estreitaram laços, o que pode ter influenciado na decisão de nomeá-la para a função interina. Ainda não há definição de quanto tempo ela permanecerá à frente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, mas há expectativas de que continue no cargo até o final deste ano ou até a próxima reforma ministerial.
Lula tomou a decisão de demitir Silvio Almeida após se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho. Também participaram as ministras Esther Dweck e Cida Gonçalves.
Em nota o Planalto informou que “diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa”, o presidente Lula decidiu pela demissão.
O governo informou que “diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa”, o presidente Lula decidiu pela demissão.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as denúncias e a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República anunciou que abriu procedimento preliminar para apurar as denúncias de assédio sexual contra o ministro.
Ainda na função de ministro, Silvio Almeida negou, veementemente, as acusações e afirmou que as denúncias seriam “mentiras”. Ele ainda afirmou que acionaria a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça para apurar uma suposta “denunciação caluniosa”.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou.
Com informações do Metrópoles.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-nomeia-ministra-da-gestao-e-inovacao-esther-dweck-para-assumir-interinamente-pasta-de-direitos-humanos/