O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste sábado (15) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “jamais ficará enfraquecido” enquanto ele estiver no cargo. A afirmação foi feita ao final da viagem de Lula à Suíça e Itália, onde participou de encontros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do G7, grupo que reúne as nações democráticas mais ricas do mundo: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.
Apoio a Haddad
Em meio a pressões do PT e questionamentos do mercado financeiro sobre sua capacidade de implementar a agenda econômica e equilibrar as contas públicas, Haddad reafirmou que a equipe econômica intensificará a revisão das despesas públicas nas próximas semanas. Lula reforçou o apoio ao ministro, afirmando que não permitirá que Haddad seja enfraquecido.
“O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for o presidente da República porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim”, disse Lula na Itália.
O presidente também enfatizou que não haverá cortes que prejudiquem os mais pobres, destacando que algumas despesas vistas como gastos são, na verdade, investimentos.
Críticas a Israel
Lula criticou duramente o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devido à ofensiva militar na Faixa de Gaza, classificando-a como “genocídio” de mulheres e crianças palestinas.
“O primeiro-ministro de Israel não quer resolver o problema. Ele quer aniquilar os palestinos. Vamos ver se ele vai cumprir a decisão do Tribunal Penal Internacional, vamos ver se ele vai cumprir a decisão tirada da ONU agora”, disse Lula.
Recentemente, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pediu a implementação urgente do plano de cessar-fogo dos Estados Unidos entre Israel e Hamas. Lula também reafirmou a necessidade de encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia, ressaltando que um acordo de paz só será possível com negociações diretas entre os dois países.
Mercosul e União Europeia
Lula retorna ao Brasil otimista sobre a assinatura das mudanças no acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. Ele reconheceu, no entanto, que o processo pode demorar devido às eleições na França e à possível recondução de Ursula Von der Leyen à presidência da Comissão Europeia. Em conversas com o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, Lula discutiu o recente aumento da extrema-direita no parlamento europeu.
“Vou levar os ensinamentos para casa”, concluiu Lula.
Com informações do g1
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-reforca-apoio-a-haddad-jamais-ficara-enfraquecido-enquanto-eu-for-presidente/