A descoberta de uma grande mancha de óleo na Baía de Guanabara, na última terça-feira (28), reacendeu a pressão pela instalação da CPI da Poluição na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O deputado Jari Oliveira (PSB), presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, vê na multa de R$ 10 milhões que pode ser aplicada pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) aos responsáveis mais um argumento forte para a criação da CPI.
O Inea identificou que o vazamento provavelmente se originou no navio-sonda Atlantic Zonda, ancorado na altura da praia de Boa Viagem, em Niterói. A embarcação, de grande porte, é utilizada para perfuração em alto mar. Outros dois pontos de derramamento também foram identificados: um estaleiro em Niterói e uma marina em São Gonçalo.
“O Inea identificou um crime ambiental na Baía de Guanabara e pode aplicar multas de até R$ 10 milhões. Notícia excelente! Mas volto a repetir: precisamos instalar a CPI da Poluição da Alerj para entender o motivo do Inea e outros órgãos ambientais serem negligentes com tanta poluição em Volta Redonda”, escreveu o deputado em seu Instagram.
A vistoria na área contou com a participação do secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, e do presidente do Inea, Renato Jordão. O órgão ambiental estadual informou que irá apurar as causas do derramamento e tomar as medidas cabíveis.
O deputado vem tentando instalar a comissão há quase um ano para investigar a poluição causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, onde os moradores reclamam de um “pó preto”, resíduo de matéria-prima siderúrgica que se espalha pelo ar, causando doenças e danos ambientais.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/mancha-de-oleo-na-baia-de-guanabara-reacende-pressao-por-cpi-da-poluicao/
