14 de novembro de 2024
Marinho critica Moraes e reforça defesa de anistia a bolsonaristas
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O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição e secretário-geral do PL, criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes após este ter relacionado o ataque suicida de Francisco Wanderley Luiz em frente ao Supremo ao chamado “gabinete do ódio”, grupo de auxiliares do governo Bolsonaro investigado por disseminar fake news.

“Fico triste ao ver o ministro, já pela manhã, declarar que esse caso lamentável seja fruto de gabinete do ódio”, declarou Marinho. “O ministro toma uma decisão antes de se debruçar sobre o caso. Pergunto onde está a sua imparcialidade”, questionou o senador, que defende a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Marinho afirmou que há uma “parcela expressiva da população” que se sente perseguida pela Justiça e reforçou que a pacificação do país deve ser buscada dentro do Congresso. “Mais do que nunca se está na hora de pacificar o país, de se distensionar o processo. E a solução política está dentro do Congresso Nacional, com a anistia”, afirmou.

Comparação com caso Adélio Bispo

Para ele, é lamentável que Moraes “faça ilações sobre o caso que ficará sob sua responsabilidade”. Comparando o caso com o de Adélio Bispo, autor da facada contra Bolsonaro em 2018, Marinho observou que, naquele episódio, Bispo foi tratado como “lobo solitário”, enquanto Francisco Wanderley Luiz foi imediatamente classificado de bolsonarista, “não havendo sequer o benefício da dúvida”.

Em sentido contrário, Alexandre de Moraes afirmou que o ataque suicida “não é um fato isolado do contexto”. “O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. (…) mas o contexto se iniciou lá atrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário”, disse Moraes, reforçando que a pacificação do país só pode ocorrer com responsabilização e punição.

Segundo ele, “a impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem, porque as pessoas acham que podem vir a Brasília, entrar no STF para explodir o STF”.

A proposta de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro, apoiada por Bolsonaro, segue em análise na Câmara dos Deputados e tem gerado ampla discussão no país, destacando as divergências entre líderes oposicionistas e membros do Judiciário.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/marinho-critica-moraes-e-reforca-defesa-de-anistia-a-bolsonaristas-do-8-de-janeiro/