20 de setembro de 2024
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O ex-secretário de Cultura Mario Frias alegou à Comissão de Ética da Presidência que, ao utilizar a expressão “Cuidado com PF” em uma mensagem no Twitter, referia-se a “prato feito” e não à “Polícia Federal”. A justificativa foi apresentada após críticas do deputado estadual Flávio Serafini, do PSOL do Rio de Janeiro, em 2020, quando Frias era secretário de Cultura do governo Bolsonaro, informa Guilherme Amado, no Metrópoles.

Serafini havia ironizado Frias em um tweet, referindo-se a ele como “ex-ator de Malhação” nomeado para o cargo porque “nenhum artista quis queimar seu filme ao lado de Bolsonaro”. A crítica se deu após Frias ser satirizado pelo humorista Marcelo Adnet por sua participação na campanha “Um povo heroico” para o Dia da Independência. Em resposta, Frias chamou Adnet de “crápula” e avisou Serafini: “Cuidado com PF”.

No processo, a defesa de Frias argumentou que “PF” significava “prato feito” e não uma referência à Polícia Federal, tentando desvincular a mensagem de uma ameaça de uso de força policial. No entanto, o relator do caso na Comissão de Ética, conselheiro Edson Leonardo Dalescio, refutou essa explicação. Dalescio interpretou a mensagem como uma ameaça, indicando uma possível intervenção da Polícia Federal contra o parlamentar sem justificativa.

A Comissão de Ética, por unanimidade, decidiu aplicar a censura ética a Mario Frias, a sanção mais severa possível para uma ex-autoridade do governo federal. Embora a censura ética não impeça formalmente Frias de assumir novos cargos de confiança no governo federal, ela serve como uma reprimenda oficial pela conduta considerada inadequada.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/mario-frias-alega-que-pf-significava-prato-feito-para-evitar-punicao-mas-nao-convence/