A posse de Sidônio Palmeira como novo chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), nesta terça-feira (14), ocorre sob o impacto de uma avalanche de desinformação envolvendo a suposta taxação de transferências via Pix acima de R$ 5 mil. Em apenas uma semana, conteúdos críticos à gestão Lula, incluindo vídeos de opositores como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acumularam 25 milhões de visualizações nas plataformas digitais, de acordo com levantamento de O Globo.
A disseminação das fake news sobre o Pix mobilizou respostas imediatas de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que utilizaram as redes para desmentir as alegações. O presidente, por exemplo, gravou um vídeo enviando R$ 1.013 via Pix para o Corinthians, desmentindo a cobrança e aproveitando para reforçar sua mensagem em tom descontraído. A gravação, que teve a participação da primeira-dama Janja da Silva, alcançou 14,9 milhões de visualizações até esta segunda-feira.
As mensagens falsas surgiram após a Receita Federal anunciar que ampliaria a fiscalização sobre transações financeiras acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas, medida válida para diversas formas de movimentação, e não apenas para o Pix. Opositoras, como Flávio e Carlos Bolsonaro, aproveitaram a medida para atacar o governo em tom conspiratório. Um dos vídeos, onde Flávio acusa o governo de “acabar com o sigilo bancário”, já ultrapassa 4 milhões de visualizações no Instagram.
Sidônio diz que fatos devem neutralizar fake news
Sidônio Palmeira assume a Secom com o desafio de reagir a essas ofensivas digitais, defendendo maior criatividade na comunicação governamental e a regulação de plataformas. Ele reforça que a desinformação não deve “entrar sozinha” na percepção pública, mas ser imediatamente neutralizada com a disseminação de fatos. Para especialistas, o uso de temas como impostos por setores oposicionistas dificulta ainda mais o diálogo do governo com grupos como empreendedores e religiosos, áreas já sensíveis à gestão atual.
A nova gestão da Secom terá que lidar com um ambiente digital marcado pela proliferação de crises de desinformação. Casos anteriores incluem ataques sobre a saúde de Lula, falsas acusações de censura em doações para o Rio Grande do Sul e memes que apelidaram Haddad de “Taxad”. O governo busca consolidar estratégias proativas para enfrentar essas narrativas, ao mesmo tempo em que alerta para os prejuízos democráticos e sociais causados pela desinformação.
Com informações de O Globo
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/mentiras-sobre-pix-dominam-redes-e-desafiam-novo-chefe-da-comunicacao-do-governo-lula/