25 de agosto de 2025
Ministério Público denuncia ex-secretários e empresas por corrupção em Silva
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Um suposto caso de corrupção abalou o município de Silva Jardim, na Região dos Lagos, após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) denunciar à Justiça dois ex-secretários municipais, um ex-subsecretário e outros oito envolvidos em um esquema de fraudes em licitações. O caso foi revelado em nota oficial do Ministério Público, que destacou a gravidade das práticas criminosas e a atuação coordenada entre agentes públicos e empresas.

Segundo a denúncia, os acusados teriam formado uma associação criminosa voltada para manipular processos licitatórios da prefeitura. O objetivo era direcionar contratos para empresas previamente escolhidas, em troca de vantagens ilícitas. A Justiça já recebeu as ações penais e determinou a suspensão dos servidores das funções públicas, além do bloqueio das atividades de diversas empresas envolvidas.

Entre os investigados, o nome que mais se destaca é o do ex-subsecretário de Transportes, Carlos Roberto Soares Nunes Junior, apontado como líder do grupo. De acordo com as investigações, ele teria atuado de forma decisiva para que contratos milionários fossem firmados de maneira irregular, descumprindo deliberadamente requisitos legais.

O MPRJ ofereceu duas ações penais distintas, cada uma relacionada a empresas e servidores diferentes, mas Carlos Roberto aparece em ambas, reforçando seu papel central no esquema. As empresas citadas na denúncia e que tiveram suas atividades suspensas são: Jetta Comércio de Serviços, Global Fleets Rent a Car, Conecta Car Locadora de Veículos, CWM Rent a Car e Utilicar Rent a Car. Todas estariam envolvidas no fornecimento fraudulento de propostas para garantir o favorecimento nos contratos com o município.

As denúncias ainda apontam que os acusados buscavam dar aparência de legalidade às licitações, mas intencionalmente descumpriam regras básicas da legislação. O conluio entre servidores e empresários escancarou um mecanismo de corrupção que fragilizou a administração pública local.

Com a decisão judicial, tanto os agentes públicos quanto as empresas ficam afastados de suas atividades até que os processos sejam concluídos. O caso agora segue em tramitação na Vara de Silva Jardim e pode resultar em condenações por associação criminosa, fraude em licitação e corrupção passiva.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/ministerio-publico-denuncia-ex-secretarios-e-empresas-por-corrupcao-em-silva-jardim/