
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 4 x 1 manter o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados. O ministro Luiz Fux divergiu, argumentando que o caso deveria ser levado ao plenário do STF. “Estamos julgando pessoas que não exercem mais função pública, ou estamos julgando pessoas que têm essa prerrogativa, e o lugar correto seria o plenário”, defendeu Fux.
A sessão, retomada nesta terça-feira (25), analisou se aceita a denúncia sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Durante a manhã, a PGR, representada pelo procurador-geral Paulo Gonet, e a defesa dos denunciados fizeram suas manifestações. Bolsonaro compareceu pessoalmente ao julgamento, sentado em frente ao relator, ministro Alexandre de Moraes. Ao longo da sessão, um advogado de um denunciado que não estava sendo julgado tentou forçar a entrada no plenário e foi detido por desacato, gerando confusão.
Os ministros também rejeitaram de forma unânime um pedido de afastamento de Moraes, Zanin e Dino do caso.
Moraes nega pedidos de nulidade na coleta de provas
As defesas alegaram irregularidades na coleta de provas, mas o ministro Moraes votou por negar os pedidos de nulidade, ressaltando a organização dos documentos apresentados. Após a defesa de Bolsonaro, seu advogado, Celso Vilardi, criticou as acusações, afirmando que seu cliente era “o presidente mais investigado do país” e questionou a validade das provas apresentadas.
Por sua vez, Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid, delator do esquema, destacou a importância de Cid como testemunha e pediu a absolvição dele, afirmando que o delator agiu corretamente ao relatar os fatos.
Com informações do Metrópoles
Fonte: https://agendadopoder.com.br/ministros-votam-por-manter-julgamento-da-trama-do-golpista-na-primeira-turma-e-negam-transferencia-para-o-plenario-do-stf/