
O governo do Paraná apresentou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que promete ampliar o acesso a crédito e dar mais flexibilidade ao apoio financeiro destinado a empresas e cooperativas do estado. A proposta moderniza as regras do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) e expande o alcance do programa “Paraná mais empregos”, operado pela Fomento Paraná e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
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Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), a atualização das normas busca oferecer respostas mais ágeis a períodos de instabilidade econômica e situações excepcionais, como crises internacionais e calamidades públicas. “O estado amplia o alcance do ‘Paraná Mais Empregos’, que até agora beneficiava principalmente produtores rurais. A nova proposta estende as vantagens para empresas e cooperativas de todos os portes que atuam no Paraná”, afirmou.
A principal mudança do texto está na possibilidade de ampliar o acesso a crédito para capital de giro independente — algo inédito no programa. Isso permitirá que os recursos sejam usados para cobrir despesas operacionais e manter a produção ativa, mesmo em períodos de retração econômica. Antes, o financiamento se restringia a investimentos fixos, como a compra de equipamentos e expansão de unidades.
Com a modernização, empresas impactadas por crises externas, variações de mercado ou calamidades poderão contratar crédito em condições mais vantajosas, preservando empregos e garantindo a continuidade das atividades. A nova lei ainda depende de aprovação no Legislativo estadual e posterior regulamentação por decreto.
Criado em 1962, o Fundo de Desenvolvimento Econômico é um dos principais instrumentos estaduais de estímulo à economia. Por meio dele, a Fomento Paraná e o BRDE financiam projetos industriais, rurais e tecnológicos, além de iniciativas de inovação e microcrédito — como o Banco da Mulher Paranaense — voltadas à geração de renda e oportunidades.
Nos últimos meses, o governo estadual adotou medidas emergenciais para reduzir o impacto do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A liberação de R$ 300 milhões em créditos de ICMS e a criação de linhas especiais de R$ 200 milhões para capital de giro indicam um movimento de reação à pressão sobre exportadores paranaenses.
Agora, com a modernização do FDE, a expectativa é de que o estado disponha de instrumentos mais ágeis e permanentes para ampliar o acesso a crédito, sobretudo em momentos de instabilidade global.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/parana-ampliacao-acesso-a-credito-mudancas-fde/