Os pais podem começar a respirar aliviados, ao levar seus filhos ao parquinho. A Câmara Municipal do Rio aprovou, em primeira discussão, o PROJETO DE LEI 68/2025, que determina o cercamento dos espaços públicos destinados à recreação infantil. Presidente da Comissão das políticas públicas para autistas e neurodivergentes, o autor da proposta, vereador Paulo Messina, esclarece que este é um pleito de mães de autistas, que muitas vezes escapam da vigilância dos responsáveis e colocam-se em risco, correndo aleatoriamente.
“É muito comum os autistas, do nada, se soltarem da mão e correrem. Um de meus filhos já soltou da mão da mãe e foi para o meio de uma rua muito movimentada. Não é que corram na direção de uma bola. Simplesmente correm aleatoriamente. Esse comportamento de fuga repentina e não planejada é conhecido como “eloping de autista”, explica Messina, pai de gêmeos autistas de 21 anos.
De acordo com a proposta, as áreas públicas destinadas a crianças serão cercadas, obedecendo as normas de segurança e de forma eficaz para evitar que a meninada que utiliza o espaço possa escapar ao controle e à vigilância dos seus responsáveis.
“Independente de ser autistas, Crianças pequenas costumam correr, ainda não têm noção do perigo. E, infelizmente, é muito comum acontecerem acidentes. Um descuido do responsável pode ser fatal. E ninguém está livre de olhar para o lado e o filho correr para a rua. Como diz o ditado, criança cega. E no caso de um autista de 12 anos, a força é descomunal. Ainda que o responsável esteja atento, ele é capaz de se desvencilhar, correr e se por em risco. Nosso objetivo é aumentar a segurança das crianças que frequentam os parquinhos da Cidade”, explica Paulo Messina.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/parquinhos-mais-seguros-proposta-de-paulo-messina-para-cercar-areas-infantis-no-rio-e-aprovado-pela-camara-municipal/
