Parte do PL aposta em reversão da elegibilidade de Washington Reis e adota cautela quanto a Bacellar

Janaína Lisboa

Nem todo o PL aposta todas as fichas na candidatura de Rodrigo Bacellar ao governo do Rio. Embora a ala próxima à família Bolsonaro o tenha, até o momento, como candidato, parte do partido adota cautela quanto ao apoio, diante da possibilidade de Washington Reis conseguir converter a sua inelegibilidade. O nome de Reis é o favorito, por exemplo, do líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante, agrada o deputado Alexandre Ramagem, e é visto com simpatia pelo senador Flávio Bolsonaro – que, aliás, avaliza a candidatura de Bacellar, enquanto Reis não está no páreo.

Por isso, o momento é de cautela. Os bolsonaristas apostam nas interlocuções de Reis com os petistas – vejam só… – para que o ministro Flávio Dino reverta a sua inelegibilidade. Desta forma, o apresentariam como um nome capaz de pacificar essa questão no partido. Apesar disso, sabem que a palavra final vem de Bolsonaro e que caso o ex-presidente crave Bacellar como o nome final, terão pouco a fazer, senão tê-lo na coligação.

Desta forma, a palavra no momento, dentro do PL, é “cautela”. Todos adotam cuidado ao falar do presidente da Assembleia do Rio como futuro candidato ao governo. E não é para menos. Como já mostrado aqui, na coluna, Bacellar já foi orientado a atender parlamentares com maior frequência, justamente para se mostrar uma figura de diálogo, e tem travado uma disputa silenciosa com os bolsonaristas pela sua sucessão à Alerj. 

Essas, são arestas que terão que ser resolvidas para que todos saiam sorrindo na foto em cima do palanque.