O ex-senador Delcídio do Amaral (PRD), conhecido por sua colaboração na Operação Lava-Jato, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de aproximadamente R$ 1,6 milhão, enquanto concorre à prefeitura de Corumbá (MS) nas eleições deste ano.
Como informa Lauro Jardim, em O Globo, esse valor representa menos da metade dos R$ 3,3 milhões em bens que o ex-parlamentar havia informado em 2022, quando disputou uma vaga na Câmara dos Deputados. Atualizado para os valores de hoje, esse montante equivaleria a cerca de R$ 3,6 milhões.
Entre os bens listados por Delcídio na declaração enviada à Justiça Eleitoral estão um terço de duas fazendas, avaliadas em R$ 596 mil e R$ 244 mil, um flat de R$ 131 mil, um apartamento de R$ 106 mil e áreas de terras destinadas à pastagem estimadas em R$ 165 mil. Ele também declarou investimentos de R$ 217 mil em infraestrutura e gado na Fazenda Santa Rosa, além de possuir um mini Cooper de R$ 124 mil, quatro lotes de R$ 7,7 mil e uma cota de capital de R$ 2,5 mil.
Nas eleições anteriores, Delcídio havia declarado um depósito judicial de R$ 1,7 milhão, destinado a garantir a aquisição de um negócio.
Além disso, o ex-senador foi condenado em 2023 a pagar R$ 10 mil ao presidente Lula por danos morais, decorrentes de suas alegações durante a Lava-Jato de que Lula teria atuado para silenciar Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Esse episódio fez com que Delcídio se tornasse uma figura indesejada entre muitos membros do PT, o que impactou suas alianças eleitorais.
Apesar de o diretório municipal do PT em Corumbá ter aprovado o apoio à candidatura de Delcídio, a executiva nacional do partido vetou a coligação, resultando em um impasse que acabou sendo levado à Justiça. No entanto, uma liminar solicitando a validação da aliança entre PRD e PT foi negada pelo tribunal.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/patrimonio-de-delator-da-lava-jato-cai-pela-metade-em-dois-anos/