Os candidatos a prefeito de Niterói tiveram um aumento total de patrimônio de 7% em relação às últimas eleições que disputaram, quando somados todos os postulantes ao cargo. Em números individuais, Alessandra Marques (PCO), Rodrigo Neves (PDT) e Talíria Petrone (PSOL) apresentaram queda no valor dos bens divulgados no site do TSE.
Apesar da redução de 17,9% desde a última campanha que disputou — para governador do Rio de Janeiro em 2022, na qual perdeu para Cláudio Castro (PL) —, Rodrigo Neves é o candidato com maior valor patrimonial entre os nomes que disputam o cargo de prefeito: o pedetista tem mais de R$ 717 mil em bens.
Na declaração de bens de Rodrigo, chama a atenção a ausência dos dois imóveis que compunham a totalidade do valor em sua última campanha. Tanto um apartamento em Santa Rosa quanto uma casa em São Gonçalo, declarada como herança do pai, não constam mais em sua declaração. No lugar dos imóveis, o candidato apresentou uma casa em Itaipu, fundos em caderneta de poupança e de renda fixa. O candidato explicou que vendeu sua parte na casa herdada e o apartamento.
“Atualmente, Rodrigo reside na casa de Itaipu, que é seu único bem, compartilhado com a esposa, conforme consta na declaração de bens”, confirmou a assessoria do candidato.
Por outro lado, a candidata Talíria Petrone apresentou quase R$ 11 mil em patrimônio, entre depósitos em conta corrente, poupança e aplicação de renda fixa. Uma redução de quase R$ 9 mil desde a campanha que a reelegeu deputada federal, em 2022. Talíria tem o menor patrimônio entre todos os candidatos à prefeitura de Niterói, com exceção de Guilherme Bussinger (Mobiliza), que não declarou qualquer bem.
— A minha vida é como a de muitos brasileiros. Tenho dois filhos, uma família que precisa de ajuda, e meu salário é usado para cuidar dos meus. Que bom que tenho um salário que me permite cuidar deles. Diferentemente dos quase 25% que vivem na minha cidade em situação de pobreza e extrema pobreza. Combater a fome, além de gerar empregabilidade, é um dos motivos da minha candidatura a prefeita de Niterói — afirmou Talíria.
No caso de Jordy, de 2022 para cá o deputado federal teve um crescimento patrimonial de quase 125%. Ele divulgou quase R$ 275 mil em bens, contando aplicação de renda fixa, conta-corrente, consórcio para aquisição de um veículo e R$ 20 mil em espécie. De acordo com ele, o valor condiz com o salário de deputado federal. Ele ressaltou que houve um “aumento considerável” no salário dos parlamentares em 2023, para R$ 44 mil, além de outros recursos recebidos pelos deputados.
— Com um pouquinho de organização, é evidente que a gente consegue fazer uma economia, fazer um fundo de investimento, porque eu já tinha um fundo de investimento. Tem tanta gente aí que ficou milionária e com um patrimônio que realmente não condiz com a própria renda… Mas no meu caso não tem nada de anormal. Anormal seria se eu estivesse torrando tudo — respondeu Jordy.
Ele disse ainda que já retirou cerca de R$ 80 mil de aplicações para arcar com custos de gabinete durante o período eleitoral, após pedir licença do mandato de deputado federal para concorrer ao cargo de prefeito.
Nos últimos dois anos, Bruno Lessa (Podemos) não tinha mandato em cargos eletivos, mas alcançou um aumento de quase 74% dos bens durante esse período, com quase R$ 340 mil. De acordo com o candidato, o aumento é “fruto de salário, arrendamento da sua propriedade rural e investimentos”. O que mais se destaca na declaração de bens do candidato é um carro Volkswagen, modelo Voyage 2015. Lessa confirmou que se trata do mesmo veículo declarado por ele desde as eleições de 2016, quando foi reeleito vereador de Niterói, ainda pelo PSDB.
Com informações do GLOBO.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/patrimonio-total-declarado-por-candidatos-de-niteroi-cresceu-7-em-relacao-as-ultimas-eleicoes/
