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O deputado federal General Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, cobrou um “julgamento justo” aos que participaram do 8 de Janeiro, quando as sedes dos três Poderes foram vandalizadas, e que levou à prisão de centenas de pessoas. Em entrevista ao jornalista Ricardo Bruno, no programa “Jogo do Poder”, na CNT, no último domingo (23), Pazuello frisou que não houve tentativa de golpe, mas uma explosão de insatisfação dos acampados em frente ao QG de Brasília, o que levou a depredação de prédios públicos.
“É inacreditável que qualquer brasileiro se submeta à ideia de que pessoas desarmadas, sem dar um tiro, sem ferir ninguém estavam dando um golpe num país como o Brasil”, destacou Pazuello.
Para o deputado, o quadro se agravou devido à grade insatisfação popular com o momento político do país naquele momento. “Qual a dúvida que houve uma grande insatisfação com a forma como foi conduzido o processo eleitoral brasileiro?”, disse Pazuello, criticando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pazuello, no entanto, condenou a ação de alguns vândalos que depredaram as sedes dos Três Poderes e de obras de arte. “Nada justifica quebrar, nada justifica agredir os símbolos nacionais, e todos que quebraram e fizeram erros nessa linha precisam ser punidos no tamanho da pena compatível a isso”, disse o general. A crítica se refere a punições aplicadas pelo STF e que vêm sendo consideradas por muitos juristas como “exageradas”.
Segundo Pazuello, os atos de 8 de janeiro e os relatos de Bolsonaro com ministros e Comandantes das Forças Armadas para discutir opções de decretos que garantissem a verificação da lisura do processo eleitoral são atos isolados e devem ser desassociados.
“Querer dizer que o 8 de janeiro é a conclusão da tentativa do golpe do ato que foi planejado não sei onde, desculpe, mas é forçar a barra. Foram atos de pessoas já completamente transtornadas com tudo o que elas assistiram ao longo do ano de 2022, porque esse é o transtorno, a insatisfação, a explosão delas dirigidas a prédios públicos e não às pessoas. Não prenderam ninguém, não capturaram o poder Legislativo, o Judiciário ou o Executivo”, disse o general. E concluiu: “Era um domingo! A ação foi dirigida aos prédios e não ao poder constituído. Que golpe é dirigido a um prédio? Um golpe tem que ser em cima das pessoas que comandam. Não se dá golpe contra prédios!”, argumentou.
Com informações de O Dia
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/pazuello-cobra-julgamento-justo-para-quem-participou-do-8-de-janeiro-nao-se-da-golpe-contra-predios/