PEC da Blindagem gera 83% de reprovação nas redes sociais e motiva protestos em todo o Brasil

Um levantamento da Genial Quaest, divulgado neste sábado (20), revela que a Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, tem sido duramente criticada nas redes sociais. Segundo os dados, 83% das menções sobre o tema são negativas, associadas a críticas ao Congresso Nacional e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

As postagens contrárias foram impulsionadas principalmente por parlamentares e influenciadores de esquerda, que também fizeram a hashtag #CongressoInimigoDoPovo voltar a circular, além da difusão de vídeos produzidos com inteligência artificial. Já os 17% de menções positivas partiram, em sua maioria, de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e referências à Operação Lava Jato.

O monitoramento, iniciado em 16 de setembro, contabilizou cerca de 2,3 milhões de menções, com alcance médio de 44 milhões de perfis por hora. Segundo a pesquisa, 46% das publicações estão diretamente relacionadas a Hugo Motta e à Câmara dos Deputados, reforçando a associação entre o parlamentar e a repercussão negativa do tema.

A pressão digital também ganhou as ruas. Movimentos sociais convocaram manifestações para este domingo (21) em pelo menos 33 cidades, incluindo 22 capitais, contra a aprovação da PEC da Blindagem e o avanço em regime de urgência do projeto de anistia no Congresso. Internautas e manifestantes classificam as medidas como um retrocesso para a transparência e um ataque aos interesses da população.

No Rio, o ato será na praia de Copacabana, a partir das 14h. Artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil confirmaram presença.

Parlamentares que apoiaram a PEC alegam que a votação fez parte de um acordo político com Hugo Motta, visando impedir o avanço do projeto de anistia. No entanto, no dia seguinte, a urgência para análise da proposta foi aprovada, ampliando a insatisfação popular.