Pela sexta vez em menos de um mês, os vereadores do Rio de Janeiro deixaram de votar o pedido de cancelamento do conjunto de medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que estão presos desde o fim de março sob a acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).
Os parlamentares esvaziaram a sessão plenária desta terça-feira (4) e não votaram o pedido feito pela vereadora Mônica Benício (Psol), viúva de Marielle.
Durante a votação, 40 parlamentares estiveram presentes, mas apenas 20 votaram, sendo 18 votos pelo cancelamento das medalhas e duas abstenções. Como são necessários pelo menos 26 votos, não houve quórum para avalizar a proposta. Essa foi a sexta tentativa de votar a cassação da honraria.
Segundo o regimento interno da Casa, o requerimento apresentado por Mônica Benício retornará para ser votado na próxima sessão plenária.
Antes do pedido ser colocado em votação, o vereador Rogério Amorim (PL) argumentou que existem argumentos a favor e contra o cancelamento das medalhas. Ele defendeu a presunção de inocência para que a honraria concedida não fosse retirada antes do julgamento na Justiça.
Em seguida, Mônica Benício afirmou que o debate na Câmara não pretende julgar os irmãos Brazão pelos crimes que estão sendo imputados, mas sim discutir uma questão política.
Na sessão da última terça-feira (28), o vereador Waldir Brazão (União Brasil) ressaltou que Chiquinho e Domingos ainda não foram condenados no processo que investiga a morte de Marielle e criticou a Mesa Diretora da Câmara por colocar o pedido para ser votado repetidas vezes.
Mônica Benício já havia tentado colocar em votação o pedido de cassação da honraria concedida aos irmãos Brazão em outras cinco oportunidades, mas houve “fuga” de vereadores na hora da votação em muitos casos.
Com informações do G1.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pela-sexta-vez-um-mes-fuga-de-vereadores-impede-quorum-para-votar-cancelamento-de-medalhas-dos-irmaos-brazao/