A Polícia Federal (PF) identificou um “contrato da propina” (foto) que previa o pagamento de 6% sobre o valor de emendas parlamentares como contrapartida para a liberação dos recursos . A revelação consta na decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação contra o suposto esquema de corrupção. O documento traz a transcrição de mensagens trocadas pelo celular e a existência de um contrato formal que estabelecia a cobrança indevida.
Segundo a PF, uma organização criminosa direcionava emendas parlamentares e desviava parte do dinheiro público. No caso investigado, os repasses estavam vinculados ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS). A operação começou a partir de conversas extraídas do celular de um lobista. Em uma delas, Lino Rogério, secretário parlamentar, sugere que o deputado Afonso Antunes da Motta (PDT-RS) destine emendas ao hospital mediante pagamento de propina.
Contrato formalizava esquema de corrupção, diz PF
Os investigadores destacam que o contrato apreendido formalizava o esquema de corrupção, estipulando o percentual de 6% para o grupo que intermediava a liberação dos recursos. A PF afirma que essa prática configura desvio de dinheiro público e corrupção passiva, podendo levar à responsabilização dos envolvidos.
Nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal. Entre os alvos da operação está um assessor de Afonso Motta, segundo fontes ouvidas pela CNN. A defesa do parlamentar disse que ele foi surpreendido pela investigação e que não houve buscas em seu gabinete. O deputado aguarda acesso aos autos para se manifestar.
Com informações da CNN Brasil
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pf-identifica-contrato-da-propina-com-taxa-de-6-sobre-emendas-parlamentares/
