
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (22) pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) teve como alvo Breno Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A investigação apura suspeitas de fraude em licitações relacionadas à manutenção da BR-156, no Amapá. Alcolumbre, até o momento, não é investigado e não há indícios de envolvimento direto nas irregularidades.
Batizada de Route 156, a operação mira contratos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que somam, segundo os investigadores, pelo menos R$ 60 milhões em recursos públicos supostamente desviados por meio de direcionamento de concorrências e outras práticas ilícitas.
Além de Breno Chaves, também foi alvo das buscas o superintendente do Dnit no Amapá, Marcello Vieira Linhares, afastado do cargo por dez dias por decisão da Justiça Federal. A operação ainda incluiu diligências contra o empresário mineiro Luiz Otávio Fontes Junqueira e contra a empresa LCM Construção e Comércio, que mantém contratos com o governo federal.
No total, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em quatro estados: seis no Amapá, três em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e outro no Amazonas. Em Minas, a PF apreendeu três veículos de luxo da marca Porsche, joias, relógios e 13 quadros atribuídos a artistas consagrados como Cândido Portinari e Alberto da Veiga Guignard.
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de até R$ 8 milhões em bens dos investigados. O valor corresponde, segundo os investigadores, a movimentações financeiras consideradas atípicas, incluindo saques em espécie e outras operações suspeitas identificadas durante a apuração.
Os crimes investigados são fraude à licitação, organização criminosa, prevaricação, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pf-mira-suplente-de-alcolumbre-por-suspeita-de-fraude-milionaria-em-licitacoes-e-apreende-tres-porsches/