18 de agosto de 2025
Partido de Bolsonaro lidera para governo do RS, mas perde
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O Partido Liberal (PL) tem deixado claro a seus aliados que não abrirá mão de lançar um candidato próprio na disputa presidencial de 2026, mesmo que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro seja confirmada, informa Gustavo Uribe em sua coluna na CNN News. A mensagem foi transmitida diretamente a governadores e lideranças conservadoras que estudam concorrer ao Palácio do Planalto no próximo ano.

A sigla argumenta que, por deter hoje a maior bancada da Câmara dos Deputados, qualquer candidatura apoiada pelo PL deve obrigatoriamente estar vinculada a uma filiação ao partido. Essa posição funciona como barreira a nomes de fora, ainda que populares dentro do campo da direita.

Enquanto isso, a defesa de Jair Bolsonaro prepara para 2026 um recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão que o tornou inelegível. As possibilidades de reversão, no entanto, são consideradas baixas. Diante desse cenário, a expectativa entre dirigentes do PL é de que o ex-presidente seja o responsável por indicar quem carregará sua bandeira na corrida eleitoral.

Nos bastidores, Bolsonaro tem sinalizado não ver como problema a pulverização de candidaturas de oposição no primeiro turno, demonstrando tolerância a múltiplos concorrentes dentro do espectro conservador.

Um dos nomes mais cotados para a disputa, de acordo com as pesquisas, é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, filiado ao Republicanos. Embora frequentemente lembrado como alternativa competitiva, Tarcísio já declarou resistência em se transferir para o PL. A direção nacional do partido, após tentativas de convencê-lo, desistiu de insistir na mudança. A avaliação é de que, caso aceitasse, ele perderia autonomia dentro da estrutura do PL. No Republicanos, ao contrário, exerce papel central e consolidado de liderança.

Diante dessa negativa, o PL trabalha com opções internas. Dois nomes aparecem com força nos corredores da legenda: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (RJ). Ambos são vistos como alternativas viáveis para manter o protagonismo da família Bolsonaro dentro da política nacional e, ao mesmo tempo, garantir que o partido preserve sua posição de destaque nas eleições de 2026.

Assim, mesmo com a incerteza sobre o futuro político de Jair Bolsonaro, a estratégia do PL é clara: a sigla não pretende abrir mão de protagonizar a sucessão presidencial e aposta em herdeiros políticos do ex-presidente para manter a base eleitoral mobilizada.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/pl-insiste-em-candidatura-propria-a-presidencia-em-2026-mesmo-com-bolsonaro-inelegivel/