Em apenas uma semana, o Plebiscito Popular pelo fim da escala 6×1 e por mais justiça fiscal já recebeu 500 mil votos em todo o país, segundo os organizadores da mobilização. A votação, que ocorre de forma presencial e online, é promovida por movimentos sociais, centrais sindicais, partidos de esquerda e entidades religiosas ligadas ao campo progressista.
A iniciativa não é auditada por órgãos oficiais, mas conta com ampla estrutura voluntária em todas as regiões do Brasil. Os eleitores são convidados a responder a duas perguntas principais: se apoiam o fim da jornada de trabalho em escala 6×1 com redução da carga horária sem corte de salário, e se concordam com a taxação de pessoas que recebem acima de R$ 50 mil por mês, com isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Crescimento nas redes e nas ruas
O plebiscito conta com cerca de 10 mil urnas físicas cadastradas em diferentes estados. A votação online é realizada por meio de QR codes distribuídos por voluntários em espaços públicos e grupos de WhatsApp. A partir da próxima semana, também será possível votar diretamente no site oficial da campanha: plebiscitopopular.org.br.
Segundo os organizadores, a mobilização tem ganhado tração nas redes sociais. O perfil oficial no Instagram saltou de 10 mil para 80 mil seguidores em apenas sete dias. “A campanha cresceu muito rápido, especialmente após o avanço da discussão sobre justiça fiscal e o recuo do Congresso em medidas como o aumento do IOF”, afirmou Igor Felippe Santos, integrante da coordenação do plebiscito.
“Vamos intensificar a mobilização para pressionar por justiça fiscal”
A iniciativa também tem um objetivo político claro: pressionar o Congresso Nacional e o governo federal a discutir mudanças estruturais na tributação e nas regras trabalhistas, com foco na redistribuição de renda e na melhoria da qualidade de vida da classe trabalhadora.
“O Congresso barrou o aumento da tributação do IOF. A reação veio das ruas e das redes. Vamos intensificar a mobilização para pressionar por justiça fiscal”, disse Igor Felippe Santos.
Entrega simbólica e articulação com o governo
O resultado da votação será divulgado no dia 7 de setembro, feriado da Independência, e será entregue oficialmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.
Embora o plebiscito não tenha efeito legal, seus idealizadores apostam na força simbólica da participação popular para ampliar o debate sobre direitos trabalhistas e justiça tributária, temas que voltaram ao centro da agenda política com a recente resistência do Legislativo em aprovar medidas de taxação de grandes fortunas e alta renda.
A votação segue aberta até o dia 7 de setembro, e os organizadores esperam atingir pelo menos 2 milhões de votos até lá. A campanha continua em expansão, com novos núcleos sendo formados em universidades, sindicatos, comunidades religiosas e bairros populares.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/plebiscito-popular-sobre-jornada-6×1-e-justica-fiscal-atinge-500-mil-votos-em-uma-semana-saiba-como-votar/
