20 de setembro de 2024
Compartilhe:

A Polícia Federal (PF) decidiu convocar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) para prestar depoimento no âmbito de um inquérito que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal realizado durante sua gestão na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A decisão ocorre após a realização da quarta fase da operação Última Milha, na qual cinco pessoas associadas a Ramagem foram presas, incluindo um militar do Exército, um agente da PF cedido à Abin, um ex-assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência, um empresário e um influenciador digital.

Segundo informações obtidas pela CNN Brasil, a data exata do depoimento de Ramagem ainda não foi definida. Para os investigadores, durante sua gestão na Abin, Ramagem teria usado a agência para espionar adversários do governo de Jair Bolsonaro (PL), mantendo vínculos com o conhecido “gabinete do ódio” para disseminar desinformação contra os alvos monitorados pela “Abin paralela”.

O inquérito também sugere que auditores da Receita Federal, envolvidos na investigação de um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foram alvos de monitoramento. Além disso, um assessor de Ramagem teria orientado a intensificação das críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Em janeiro, Ramagem havia anunciado sua convocação para depor na PF em 27 de fevereiro, mas esclareceu que não se referia a este inquérito específico. Na ocasião, ele foi questionado pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre declarações feitas durante sua participação na CPI do 8 de Janeiro.

Hoje (12), Ramagem utilizou as redes sociais para negar qualquer irregularidade ou prática de espionagem ilegal durante sua gestão na Abin. Ele criticou a operação da PF, argumentando que “desconsideraram os objetivos de uma investigação para alimentar a imprensa com suposições superficiais”. Ramagem também destacou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apoiou as prisões realizadas na operação, mas que a Justiça optou por não seguir a manifestação da PGR.

Com informações de Brasil 247

Fonte: https://agendadopoder.com.br/policia-federal-convocara-ramagem-para-depor-sobre-abin-paralela-e-monitoramentos-ilegais/