A Polícia Federal (PF) está prestes a finalizar a investigação sobre o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o trânsito de eleitores de Lula durante o segundo turno das eleições de 2022, especialmente no Nordeste.
Investigadores pretendem encerrar o caso e apresentar os indiciados, incluindo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, dentro de aproximadamente 30 dias, apesar da recente troca de delegado que conduz o inquérito. As informações são de Bela Megale, em O Globo.
Anderson Torres, ex-ministro do governo Bolsonaro, já prestou depoimento no ano passado, negando qualquer interferência no trabalho da PRF no dia da votação. Ele alegou que sua preocupação era com crimes eleitorais, como compra de votos, independentemente do partido envolvido. No entanto, investigadores afirmam ter coletado provas e depoimentos que contradizem a versão do ex-ministro.
Um ponto crítico da investigação é a viagem de Torres à Bahia na véspera do segundo turno de 2022. A PF sustenta que ele foi ao estado para pressionar o então superintendente da PF na Bahia, Leandro Almada, a realizar operações conjuntas com a PRF, bloqueando estradas. Torres, por sua vez, afirma que a viagem ocorreu a convite de Marcio Nunes, ex-diretor-geral da PF, para visitar uma obra.
A investigação também revelou a existência de uma planilha da Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça, que listava os locais onde Lula e Jair Bolsonaro tiveram melhor desempenho no primeiro turno. Este documento teria servido como base para os bloqueios realizados. Torres nega ter repassado essas informações para a PRF.
Com a conclusão do inquérito próxima, a expectativa é que a PF apresente um relatório final detalhado, incluindo as evidências que sustentam o indiciamento de Torres e possivelmente outros envolvidos na suposta interferência eleitoral.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/policia-federal-esta-perto-de-concluir-inquerito-e-deve-indiciar-anderson-torres/