10 de novembro de 2024
Polícia prende 3 vereadores de SP sob suspeita de envolvimento
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Três vereadores do interior de São Paulo foram presos nesta terça-feira em uma operação do Ministério Público do estado para desarticular um grupo criminoso associado ao PCC, investigado por fraudes em licitações.

Os parlamentares presos são Ricardo Queixão (PSD-Cubatão), Flávio Batista de Souza (Podemos-Ferraz de Vasconcelos) e Luiz Carlos Alves Dias (MDB-Santa Isabel).

Queixão é ex-presidente da Câmara de Cubatão, na Baixada Santista. Fabiana de Abreu Silva, servidora pública da Prefeitura da cidade, também foi presa, ambos em Praia Grande. Já o advogado Áureo Tupinambá, que atuou na defesa do traficante André do Rap e também trabalhava no Legislativo municipal, foi preso em Santos.

Souza, conhecido como “Inha”, está em seu terceiro mandato na Câmara de Ferraz de Vasconcelos. Dias, o “Luizão”, por sua vez, também já foi presidente do Parlamento municipal. O envolvimento deles em esquemas criminosos deve ser detalhado na coletiva de imprensa convocada pelo MP às 11h desta terça-feira, em São Paulo.

A operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), batizada de Muditia, cumpre 15 mandados de prisão temporária, além de mandados de busca e apreensão em 42 endereços, incluindo prédios públicos, como as prefeituras de Guararema, Poá e Itatiba, além das prefeituras e Câmaras de Vereadores de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão.

As equipes apreenderam armas, munições, relógios de luxo e dinheiro em espécie, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Os mandados foram emitidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.

Segundo a investigação, empresas atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada no estado em diversas prefeituras e Câmaras Municipais. São Paulo, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba e outros municípios têm contratos sob análise.

Os contratos públicos das empresas desse grupo somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. Alguns desses contratos serviam aos interesses do PCC, que influenciava na escolha dos ganhadores de licitação e divisão dos lucros obtidos de forma ilegal.

“De acordo com o promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros) e diversos outros delitos – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro”, diz o Ministério Público.

Na semana passada, o Gaeco já havia deflagrado uma operação na capital para desmantelar duas organizações criminosas ligadas ao PCC que conseguiram, por meio das empresas Transwolff e UPBus, contratos de transporte público da Prefeitura de São Paulo.

Em entrevistas posteriores, o promotor Lincoln Gakiya, à frente da operação, disse que as investigações continuariam, e que contratos suspeitos com relação com o PCC no interior paulista tinham sido identificados.

Com informações do GLOBO.

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/policia-prende-3-vereadores-de-sp-sob-suspeita-de-envolvimento-em-esquema-de-licitacao-com-pcc-saiba-quem-sao/