16 de março de 2025
Presença de Castro e Tarcísio, ausência de Michelle e outros
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O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana, neste domingo, reuniu políticos de direita de todo o país, ao mesmo tempo que teve ausências expressivas, à exemplo da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que não viajou para a capital fluminense por estar se recuperando de um procedimento estético. Segundo apurou reportagem do jornal O GLOBO com organizadores, ao menos nove senadores e 43 deputados federais estiveram presentes no ato, além de deputados estaduais, vereadores e outras lideranças.

O cenário de ausências e presenças divide os governadores do campo político. Estiveram em Copacabana os titulares do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União). Os quatro foram citados nominalmente por Bolsonaro, enquanto Castro e Tarcísio discursaram.

Entre àqueles que são cotados para disputar a Presidência da República no ano que vem, apenas Tarcísio tratou de comparecer. Não foram o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Apesar de ausentes, não foram criticados. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) evitou ataques:

— Existem diversas declarações dessas autoridades pela anistia, às vezes só não puderam estar presentes. Tem muita gente boa que não pode estar aqui, mas o coração deles está.

Caiado e Zema enfrentaram recentemente atritos com o bolsonarismo. No caso do mineiro, o PL deixou sua base e tem acenado para o senador Cleitinho (Republicanos-MG) na corrida pela sucessão. O candidato do governador é o vice, Mateus Simões (Novo). Em Goiás, Caiado irritou aliados ao lançar sua pré-candidatura à Presidência na mesma semana em que Bolsonaro foi indiciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta trama golpista.

Ratinho Júnior, embora considerado o mais próximo de Bolsonaro entre os três, também causou desconforto ao não se manifestar publicamente em defesa do ex-presidente após a denúncia da PGR.

Fora do trio principal

Algumas delas foram excluídas e colocadas no trio ao lado, como o candidato à Presidência que fez dobradinha informal com Bolsonaro nos debates em 2022, Padre Kelmon. Políticos mineiros como o deputado federal Maurício do Vôlei e o deputado estadual Bruno Engler (PL) também não subiram no carro de Bolsonaro.

A lista de oradores incluiu o próprio Bolsonaro, seu filho Flávio, o líder nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, o pastor Silas Malafaia e a vice-presidente do PL Mulher, Priscila Costa, que representa Michelle no evento. Entre os parlamentares, discursarão o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Rodrigo Valadares (União-SE), relator do PL da anistia.

A anistia para os réus do oito de janeiro é o principal mote da manifestação, que reúne familiares dos envolvidos, à exemplo dos parentes de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”. Ele faleceu em novembro de 2023, após um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Sua defesa havia pedido a conversão da pena em prisão domiciliar, mas a análise ainda não havia sido feita pelo STF. Com tom religioso, louvores bolsonaristas são tocadas junto a comparações dos réus com Jesus Cristo, que foi crucificado.

Com informações de O GLOBO.

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/presenca-de-castro-e-tarcisio-ausencia-de-michelle-e-outros-presidenciaveis-saiba-quem-foi-e-quem-faltou-ao-ato-de-bolsonaro-no-rio/