A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foi palco de um debate acalorado sobre a proposta do deputado Brazão (União Brasil) de criar um colégio militar em Deodoro. A iniciativa, que consiste em uma indicação ao governador Cláudio Castro para que envie mensagem à Alerj dispondo sobre a criação da unidade, gerou questionamentos sobre a eficácia do modelo militar de ensino e as prioridades do estado na área da educação.
Durante a sessão desta quarta-feira (02), deputados da oposição levantaram preocupações sobre a necessidade de reformas e a falta de profissionais de educação em diversas escolas do bairro de Deodoro, argumentando que esses problemas deveriam ser priorizados.
A deputada Elika Takimoto (PT) criticou a proposta, afirmando que os melhores resultados dos colégios militares se devem ao processo seletivo dos alunos, e não ao modelo de ensino em si. Ela também destacou que essas unidades atendem principalmente a militares e seus familiares, com poucas vagas para outros estudantes.
Em contrapartida, o deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) manifestou apoio à iniciativa, defendendo o modelo militar de ensino com base na disciplina e no patriotismo. “Tudo que diz respeito a ordem, disciplina e patriotismo é tudo que a esquerda tem ojeriza”, declarou, ressaltando os “melhores resultados de índices escolares” e a “evasão militar” como justificativas para a criação do colégio.
A proposta de Brazão, apesar de não ter força de lei, reacendeu a discussão sobre o papel dos colégios militares no estado e as prioridades na alocação de recursos para a educação.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/proposta-de-colegio-militar-em-deodoro-gera-debate-na-alerj/
