O Partido dos Trabalhadores (PT) arrecadou R$ 3,7 milhões em contribuições de seus filiados até a realização da eleição interna da legenda, ocorrida no último domingo (6/7). A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles, com base em dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A disputa terminou com a escolha de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, como novo presidente nacional da sigla.
Segundo o levantamento, a maior parte dos recursos – cerca de R$ 3,2 milhões – foi doada por políticos com mandato ou cargos de confiança. Parlamentares petistas contribuíram com R$ 1,9 milhão, enquanto R$ 1,3 milhão veio de outros detentores de cargos políticos. Já os filiados comuns do partido responderam por R$ 420 mil das doações.
O montante representa 96,64% de toda a arrecadação do PT em 2025, desconsiderando os repasses obrigatórios do Fundo Partidário. Os números foram registrados até o dia 5 de julho, véspera da votação interna que faz parte do Processo de Eleições Diretas (PED), sistema usado pelo partido para escolher seus dirigentes.
De acordo com o estatuto do PT, a contribuição financeira dos filiados é obrigatória para quem deseja participar do processo eleitoral interno. O valor varia de acordo com a renda e a função exercida na estrutura partidária ou na administração pública. A taxa mínima é de R$ 15 para quem recebe até três salários mínimos e não ocupa cargos, e pode chegar a 13% da remuneração mensal para quem tem mandato eletivo com ganhos acima de 20 salários mínimos.
Lula ficou em 52º lugar entre os doadores
Entre os maiores doadores estão nomes de destaque da legenda. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), lidera o ranking com R$ 83 mil transferidos ao partido. O próprio Edinho Silva contribuiu com R$ 73,9 mil, enquanto o deputado federal Flávio Nogueira (PI) aparece em terceiro lugar, com R$ 55,6 mil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, ocupa a 52ª posição, com R$ 10,9 mil em contribuições.
Edinho Silva foi oficialmente proclamado presidente do PT nesta segunda-feira (7/7), sucedendo a deputada federal Gleisi Hoffmann. O resultado foi mantido mesmo diante de uma indefinição judicial sobre o resultado em Minas Gerais, um dos maiores colégios eleitorais da sigla. Edinho já presidiu o partido entre 2009 e 2013 e venceu outros nomes de peso na disputa, como o deputado federal Rui Falcão, o historiador Valter Pomar e o secretário Romênio Pereira. Próximo de Lula, Edinho é considerado um nome de confiança do presidente da República.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pt-arrecada-r-37-milhoes-em-contribuicoes-antes-da-eleicao-que-escolheu-edinho-silva/
