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A EPR arrematou nesta quinta-feira (23) o lote 4 das rodovias do Paraná após oferecer um desconto de 21,3% sobre a tarifa básica do pedágio. O leilão foi realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e contou com outras três concorrentes: Grupo Pátria, Mota-Engil e Motiva (ex-CCR).

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A empresa ficará responsável por 627,52 quilômetros das rodovias BR-272, BR-369, BR-376, PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-867 e PR-986, localizadas nas regiões norte, noroeste e oeste do estado, conectando Cornélio Procópio a Guaíra e Maringá a Nova Londrina. Pelo contrato de 30 anos, deverão ser investidos R$ 10,8 bilhões em obras, além de R$ 5,6 bilhões em manutenção e conservação.

Pelo cronograma da ANTT, a assinatura do contrato com a EPR deve ocorrer até 6 de fevereiro de 2026. Ainda não há data definida para o início da cobrança do pedágio nas nove praças — cinco delas novas. Nos lotes anteriores, a cobrança começou cerca de dois meses após a assinatura.

Esse foi o penúltimo leilão da nova rodada de concessões das rodovias do Paraná — o lote 5 será disputado na próxima quinta-feira (30) novamente na B3 e engloba 430,78 quilômetros de estradas no oeste e noroeste do estado.

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EPR passa a administrar três lotes de rodovias no Paraná

A EPR já administra dois lotes de rodovias no Paraná. No lote 2, arrematado em setembro de 2023, a EPR passou a administrar 604 quilômetros de estradas que ligam o litoral à capital Curitiba e nos Campos Gerais e Norte Pioneiro. O lote 6, por sua vez, contempla 662 quilômetros de rodovias no Oeste e Sudoeste do Paraná e foi leiloado em dezembro de 2024. Em ambos os leilões, a EPR não teve concorrência, ofertando desconto de 0,08%.

No total, a EPR passará a administrar 1.893 quilômetros de rodovias no Paraná, tornando-se a maior operadora no estado. A Via Araucária (Grupo Pátria) e a Motiva são as concessionárias dos lotes 1 e 3, respectivamente.

O diretor-presidente da EPR, José Carlos Cassaniga, disse que o resultado do leilão do lote 4 permite ao grupo criar uma “parceria de longo prazo com a sociedade, comunidades e usuários” do sistema rodoviário. “Uma parceria que proporcionará um novo patamar de mobilidade nas conexões regionais e interestaduais, beneficiando até a melhor ligação internacional na fronteira com o Paraguai, com foco na segurança das viagens e maior eficiência dos transportes”, declarou.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), parabenizou a EPR pela vitória e defendeu novamente o modelo adotado pelo estado após o fim do antigo Anel da Integração, que ficou marcado por casos de corrupção e obras não realziadas.

“Foi um modelo que deu certo. Tanto deu certo pela importância das empresas que participaram e dos descontos apresentados para a população do Paraná” disse o governador. “Isso é uma grande transformação e fizemos isso com uma conversa muito clara e transparente com a população. Eu sempre disse que queria preço justo com obra. E o preço justo chegou”, completou.

Lote 4 das rodovias do Paraná terá cinco novos pedágios

As principais obras previstas para o lote 4 são as duplicações e os contornos. Estão previstos 231,96 quilômetros de duplicações, com destaque para a PR-323, entre Maringá e Guaíra, que terá mais 150 quilômetros de estradas duplicadas.

Quatro contornos estão previstos para serem construídos: norte de Londrina (30,1 quilômetros), sul de Maringá (19,27 quilômetros), Nova Londrina (4,43 quilômetros) e Itaúna do Sul (5,33 quilômetros).

Esse lote deverá receber 87,11 quilômetros de faixas adicionais e 39,59 quilômetros de vias marginais. Ainda serão implantadas 74 passarelas, 174 pontos de ônibus, oito passagens de fauna, 18 barreiras acústicas e 28 caixas para contenção de produtos perigosos.

Ainda não há data definida para o início da cobrança do pedágio nas nove praças.

E como o lote 4 contempla rodovias estaduais que não estavam nos contratos anteriores de concessão, serão instaladas cinco novas praças de pedágio, além das quatro já existentes: