O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que pretende encerrar sua trajetória na vida pública após o término de seu mandato como senador, em 2027. Apesar dessa declaração, há uma expectativa entre senadores e integrantes do governo Lula de que ele possa disputar o governo de Minas Gerais em 2026 ou ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Ministério da Justiça. Pacheco, no entanto, enfatizou estar satisfeito com sua atuação política e disse considerar o retorno à carreira jurídica.
— Não é algo que eu tenha em mente nesse momento. Tenho uma tendência muito mais forte em encerrar minha vida pública em 2027 do que em ser candidato em 2026. Quanto a seguir carreira jurídica, gosto muito da minha profissão de advogado, mas também não está no horizonte ocupar vagas em tribunais. A gente não trabalha por isso. Se vem um convite, tem convite que dificilmente se recusa, mas não há campanha para isso. Minha tendência, de fato, é o encerramento do meu mandato — declarou o senador.
A declaração foi feita durante uma entrevista ao podcast apresentado pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-SP) e Leila Barros (PDT-DF). Pacheco também aproveitou a ocasião para agradecer o apoio público que tem recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a uma eventual candidatura ao governo de Minas Gerais, destacando a importância desse reconhecimento, embora reafirme sua intenção de concluir sua vida pública em 2027.
— Em relação a fala do Lula, todo político gostaria de ter o apoio do presidente, eleito pela terceira vez, uma pessoa muito querida em Minas Gerais. Eu sinceramente me considero realizado na política, encerraria me mandato com tranquilidade. A decisão do futuro político eu me permito fazer quando terminar meu mandato.
Questionado ainda sobre soluções legislativas para maior eficiência da segurança pública no país, Pacheco disse que governadores e o governo Lula precisam agir em conjunto, em um mesmo projeto. Mas defendeu mudanças nas audiências de custódia, pauta de deputados e senadores de direita.
— Modificar a lógica de audiências de custódia é necessário. Elas não deixariam de existir, mas não se pode ter uma reiteração criminosa, o preso ser solto para cometer o crime na manhã do dia seguinte.
O presidente do Senado também considerou um erro o Congresso Nacional ter aprovado a legalidade de apostas on-line em 2018 e disse que se novos limites para as empresas não forem suficientes para coibir o vício nacional, a proibição das plataformas será necessária.
Com informações de O Globo.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/rodrigo-pacheco-diz-que-pode-abandonar-politica-no-fim-do-mandato-tenho-uma-tendencia-muito-mais-forte-em-encerrar-minha-vida-publica/