10 de setembro de 2025
Críticas a Marcelo Menezes levam Alerj a retirar projeto da
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Seguindo o cronograma estabelecido pelo colégio de líderes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) retomou nesta quarta-feira (10) a análise de projetos enviados pelo governo estadual.

O início da sessão, porém, foi marcada por críticas ao secretário estadual de Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, e pela decisão de retirar de pauta o Projeto de Lei 6.028/5, que trata da reorganização do efetivo da corporação.

A proposta buscava adequar os quadros da PM à nova Lei Orgânica Nacional (Lei Federal 14.751/23), com mudanças como a transferência de vagas para tenente-coronel, coronel enfermeiro e coronel psicólogo.

No entanto, a ausência de um representante da PM para defender a medida gerou forte reação dos parlamentares, principalmente após questionamentos do deputado Luiz Paulo (PSD) sobre o reduzido efetivo do setor de Comunicação e Inteligência.

Ausência de representante gera insatisfação

A falta de um representante da Polícia Militar para discutir a matéria causou insatisfação entre parlamentares da comissão. O presidente do colegiado, Rodrigo Amorim (União Brasil), lamentou a ausência de posicionamento da secretaria, dizendo que ao contrário dos representantes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, os integrantes da corporação pareciam desinteressados

“Dá a impressão de que podemos fazer qualquer alteração, pois não faria diferença. Está mais preocupado com as eleições. Vou relatar o fato ao governador e ser duro nas emendas”, declarou, em referência ao coronel Menezes.

Outro integrante da base, Alexandre Knoploch (PL), também endureceu as críticas ao secretário. “Ele fica com a cara de concha dormindo e só age quando fazemos as críticas. Só que saber do seu slogan de campanha”, afirmou.

Diante dos pontos levantados sobre o projeto e ausência de um representante da corporação, o presidente da CCJ, Rodrigo Amorim (União Brasil), decidiu retirar o texto de pauta e aprovou a realização de uma audiência pública para aprofundar o debate. O PL não teve sequer a arguição da constitucionalidade avaliada.

“Já que o coronel está preocupado com a campanha e ainda não é deputado, esse pode ser um bom exercício. Vir à Casa como deputado para discutir o tema”, afirmou Amorim.

Pressão eleitoral

Marcelo Menezes tem enfrentado desgaste político dentro da Alerj em razão da disputa eleitoral de 2026, quando pretende concorrer a uma vaga de deputado estadual. Segundo parlamentares, ele estaria utilizando a estrutura da secretaria em favor de sua futura candidatura, o que tem alimentado a insatisfação de aliados do próprio governo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/secretario-marcelo-menezes-volta-a-ser-alvo-de-criticas-na-alerj-durante-analise-de-projetos/