Sessão começa com bate-boca entre oposição e base de Paes na Câmara do Rio – Agenda do Poder

Os vereadores nem começaram a votar a pauta do dia desta quinta-feira (28) quando começou o bate-boca em plenário. Enquanto esgotavam o prolongamento, aprovando requerimentos de honrarias antes de passar aos projetos em tramitação, a treta foi formada entre parlamentares do PL e do PSD — oposição e base de Paes, respectivamente. E os projetos, só esperando para serem votados. 

Rogério Amorim (PL) pediu a palavra para tecer elogios ao governador Cláudio Castro (PL) pela inauguração de uma base do Segurança Presente, com foco nas mulheres, na Tijuca. Não bastando os elogios governistas, o moço aproveitou a oportunidade para criticar Eduardo Paes (PSD) — de praxe. 

“Enquanto o prefeito faz críticas levianas e acaba com a Guarda Municipal, nunca se preocupando com a segurança, o Governo do Estado continua investindo em segurança”, sublinhou, indo mais uma vez contra a nova Divisão de Elite da GM. Também falou que o prefeito anda ao lado “daqueles que defendem a criminalidade em nosso país”, citando nominalmente Marcelo Freixo, o PT e o PSDB. 

Líder de governo de Paes na Câmara, Marcio Ribeiro (PSD) saiu em defesa do prefeito — de praxe, também — protagonizando outra discussão com o colega da oposição. O edil apontou o policiamento ostensivo por meio das guardas como uma alternativa para lidar com os problemas de segurança da cidade. 

“Seis anos se passaram e o Governo do Estado não conseguiu resolver a segurança pública. Quando atacam o prefeito, esquecem que nos outros 91 municípios a segurança está do mesmo jeito que está no Rio, isso porque o governador, do partido deles, não consegue resolver o problema”, alfinetou Ribeiro.

Salvino Oliveira (PSD), também da base de Paes, endossou o colega e saiu em crítica aos opositores. “PL é o maior partido do estado, maior bancada federal, tem governador, senadores e tudo mais, e ainda assim os colegas vem falar que a responsabilidade da segurança pública é da Prefeitura do Rio”, pontuou. 

‘Não tenho medo de homem’, diz vereador processado por Paes

Processado pelo prefeito por difamação e calúnia, Poubel (PL) foi outro opositor a ir ao microfone fazer críticas ao Paes e mandar um recado para seus eleitores. Recentemente, o parlamentar afirmou — e voltou a dizer hoje — que houve uma fraude de mais de mais de R$ 500 milhões na Saúde municipal envolvendo a prefeitura. “Eduardo Paes está me processando porque se sentiu ofendido e disse que minha denúncia não tem embasamento. Não tenho medo de processo nem de homem. Vou continuar batendo doído”.

O vereador foi denunciado pelo alcaide junto de seu irmão, o deputado Fábio Poubel, por difamação e calúnia. O homem da Cinelândia alega que o dinheiro teria ido para o “bolso de alguém”, sem apresentar provas das acusações — apesar de alegar ter entregue documentos ao MP.