
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou habeas corpus pedido pela defesa do empresário Rafael Ferreira Alves, apontado como operador do ‘QG da Propina’ da Prefeitura do Rio, na gestão de Marcelo Crivella (Republicanos), para trancar a ação penal que investiga o caso. A decisão foi na sessão desta terça-feira (8). O parecer da relatora, desembargadora Kátia Valverde Junqueira, foi acatado por unanimidade.
O ‘QG da Propina’ foi denunciado em uma operação do Ministério Público do Rio (MPRJ) em 2020. Rafael Alves e o ex-prefeito Marcelo Crivella foram os principais alvos da operação, que apontou a suposta existência de um esquema de caixa 2 na Prefeitura do Rio. Crivella foi preso em dezembro de 2020, nove dias antes de terminar o mandato, acusado de chefiar uma organização criminosa, que tinha Rafael Alves como principal negociador de contratos públicos. Mesmo sem cargo na Prefeitura do Rio, Rafael tinha uma sala na sede da Riotur, a empresa de turismo da cidade, e negociava de lá, de acordo com o MPRJ.
Crivella, Rafael Alves e outros acusados viraram réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em fevereiro de 2021.
A defesa do empresária queria trancar parte das investigações do ‘QG da Propina’ que tratam do suposto esquema de cobrança de propina entre o núcleo criminoso que atuava na administração pública e a empresa Assim Saúde, que possuia contrato com a prefeitura carioca.
Ao rejeitar o habeas corpus, a desembaragdora Kátia Valverde Junqueira afirmou que a denúncia do “primou pela completitude” e comprovou a participação do empresário no esquema.
O empresário Rafael Ferreira Alves foi preso em dezembro de 2020 e deixou a cadeia em fevereiro de 2021 por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: https://agendadopoder.com.br/tre-nega-pedido-de-empresario-para-trancar-investigacao-sobre-o-qg-da-propina-da-prefeitura-do-rio/