Será retomado na próxima terça-feira (03) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o julgamento do deputado estadual André Corrêa (PP) no caso da Operação Furna da Onça. O julgamento foi suspenso na sessão do TRE dia 7 de novembro porque a desembargadora Daniela Bandeira pediu vistas logo após o relator do caso, Peterson Simão, ter dado parecer para absolver o deputado.
Com a retomada da discussão faltam votar os desembargadores Fernando Cabral Filho, Rafael Estrela Nóbrega, Ricardo Perlingeiro e Tathiana de Carvalho Costa, que optaram por aguardar o voto da revisora Daniela Bandeira para emitirem seus votos. André Corrêa foi acusado de corrupção passiva e de integrar organização criminosa. Para o relator porém, “a acusação ficou sem provas sustentáveis”. “Não existe prova suficiente a demonstrar os fatos ilícitos que ele foi acusado. A absolvição se impõe como único caminho justo”, afirmou o desembargador Peterson Simão em seu voto. Ele disse que as provas orais e documentais apresentadas pelo Ministério Público contra o deputado não comprovaram as acusações.
A Operação Furna da Onça foi realizada em 2018 como desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Foram presos dez deputados estaduais acusados de receberem propinas para votar a favor de projetos do governo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O Ministério Público Federal (MPF) alegou que André Corrêa teria realizado movimentação bancária de R$ 34.161.208,00 em sua conta – valor incompatível com os ganhos do parlamentar. No entanto, a defesa de Corrêa provou que o valor foi registrado por erro de uma funcionária do banco Itaú ao fazer um depósito de pouco mais de R$ 5 mil para o então chefe de gabinete do deputado. O problema foi que este erro foi parar nos dados da Operação Furna da Onça. O deputado processou o banco pelos danos causados e a Justiça mandou o Itaú pagar uma indenização de R$ 300 mil a André Corrêa.
Ele está no sétimo mandato como deputado estadual e é presidente da Comissão de Orçamento da Alerj. Seu irmão Saulo Corrêa foi eleito este ano prefeito de Valença. Quando o julgamento foi suspenso Corrêa comemorou o voto do relator a seu favor. “A justiça do homem pode tardar, mas a divina nunca falha. Mais um importante passo foi dado para mostrar a injustiça da minha ida ao cárcere, onde fiquei um ano sem ter o direito de ser ouvido por um Juiz. O extenso voto do relator do processo, Desembargador Peterson Simão, me absolveu das injustas acusações que sofri”, afirmou o deputado.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/tre-retoma-na-terca-feira-julgamento-do-deputado-andre-correa-no-caso-furna-da-onca-que-ja-tem-um-voto-pela-absolvicao/