Os vereadores do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, Celso Giannazi e Toninho Vespoli, relataram terem recebido e-mails contendo ameaças de morte direcionadas a todos os integrantes da Câmara Municipal de São Paulo. Vespoli afirmou que acionou a Polícia Federal para investigar o caso. Em resposta, a presidência da Câmara informou, por meio de nota, que reforçou a segurança no Palácio Anchieta.
— Eu e o vereador Giannazi estamos sendo ameaçados. (…) Recebemos um e-mail dizendo que, se os vereadores não renunciarem, todos eles serão mortos — declarou Vespoli em publicação no Instagram, atribuindo as mensagens ao que chamou de “ultradireita” presente no país.
Ele também mencionou ter oficiado o presidente da Câmara Municipal solicitando medidas de segurança adicionais e acionado a Polícia Federal para garantir que as ameaças sejam investigadas e as providências cabíveis sejam tomadas.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, a mensagem foi enviada um dia após o atentado praticado por Francisco Wanderley Luiz na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O texto continha ofensas e exigia a renúncia dos vereadores, utilizando como justificativa o recente aumento de 37% nos próprios salários, aprovado na semana anterior.
Os vereadores notificaram a Câmara Municipal e pediram investigação imediata sobre a autoria das ameaças à Polícia Federal. Além disso, segundo a Folha, Giannazi sugere a criação de um protocolo nacional específico de prevenção e resposta a ameaças contra autoridades públicas e instituições democráticas, além de fortalecimento de ações de rastreamento de células fascistas e extremistas no país.
Em nota, a presidência da Câmara declarou ter conhecimento do caso e diz ter recomendado aos vereadores registro de ocorrência na Polícia Civil.
Ainda segundo a assessoria da Casa, o e-mail com as ameaças é assinado por “um cidadão cujo nome já foi utilizado indevidamente para ataques a políticos”, da Câmara paulistana e de outras instituições públicas pelo Brasil.
No último dia 13, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, acionou artefatos e se explodiu na frente do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal apura se Francisco agiu sozinho ou se outras pessoas sabiam ou mesmo apoiaram o seu plano. A corporação também investiga se há elo entre ele e grupos radicais para atentar contra o Estado democrático de Direito, além dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Com informações de O Globo.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/vereadores-do-psol-receberam-ameaca-de-morte-um-dia-apos-atentado-realizado-em-brasilia-contra-o-stf/