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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Donald Trump está plenamente ciente do andamento do processo contra seu pai e pode adotar medidas duras contra autoridades brasileiras caso haja condenação. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes, no qual o parlamentar relata conversas com assessores próximos do republicano e adverte que a reação pode ser “sem volta”.

Segundo Eduardo, é um erro pensar que Trump não acompanha o caso.

“O Trump tem um zilhão de coisas para fazer, mas ele tem assessores que o informam. Nós sabemos quem são essas pessoas. Elas se reúnem com ele e passam tudo”, afirmou, acrescentando que o ex-presidente norte-americano já perguntou diretamente se Bolsonaro havia sido julgado.

Eduardo sustentou que, caso receba a notícia de uma condenação, Trump poderia reagir imediatamente.

“Se ele recebesse essa notícia no meio de uma coletiva, poderia entrar no Salão Oval e começar a tomar medidas. Aí sim não vai ter mais volta”, disse, citando a possibilidade de endurecimento de sanções como a Lei Magnitsky, já aplicada a autoridades brasileiras.

No vídeo, o deputado criticou investigações que, segundo ele, criminalizam manifestações pacíficas, mencionando a inclusão do pastor Silas Malafaia em inquéritos e comparando a situação à liberdade concedida a criminosos comuns. “Chamar pessoas para se manifestar virou crime no Brasil”, declarou.

Eduardo defendeu que a “saída menos dolorosa” para o país seria a votação de uma anistia antes que Trump adote medidas. “Vocês não vão conseguir enrolar o presidente Trump”, disse, destacando que o republicano já manifestou publicamente apoio ao ex-presidente brasileiro, inclusive com cartas e declarações recentes.

Encerrando o vídeo, o deputado reforçou o aviso às autoridades: “Façam o certo antes que seja tarde demais. Depois, se esse cara resolver usar as armas que tem, não haverá mais volta.”