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O uso da tornozeleira eletrônica continua repercutindo na vida pública de Jair Bolsonaro. Desta vez, a medida imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) obrigou o ex-presidente a interromper uma entrevista ao vivo na BandNews, na noite desta quinta-feira (18).

A cena, que rapidamente viralizou nas redes sociais, foi registrada e divulgada pelo perfil Conexão Américas, no X (antigo Twitter), com a legenda: “Hora de ir pra casa”. Na gravação, Bolsonaro é informado por um assessor que são quase 19h, horário em que precisa cumprir a medida de recolhimento domiciliar noturno, também determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. “Tem que encerrar”, avisa o interlocutor.

🇧🇷 | HORA DE IR PRA CASA

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, estava concedendo uma entrevista à BandNews, quando foi informado que precisaria interromper, pois já estava se aproximando das 19 horas. Horário de recolhimento domiciliar.pic.twitter.com/br687hDu2r

— Conexão Américas (@Conexamericas) July 18, 2025

A tornozeleira eletrônica e o recolhimento entre 19h e 6h fazem parte das medidas cautelares impostas pelo STF, que considerou haver risco de fuga e tentativa de obstrução das investigações no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado.

Nas redes sociais, a cena gerou uma avalanche de comentários. A hashtag #Tornozeleira ficou entre os assuntos mais comentados do Brasil no X, com centenas de milhares de publicações. Críticos ironizaram a situação, enquanto aliados de Bolsonaro protestaram contra a medida, classificando-a como “exagerada” e “humilhante”.

Desde que passou a usar a tornozeleira, o ex-presidente tenta manter a agenda pública, mas a obrigatoriedade de se recolher todas as noites impacta diretamente suas aparições e entrevistas. A interrupção ao vivo escancarou, segundo internautas, as limitações impostas judicialmente e a nova realidade enfrentada por Bolsonaro.

A decisão do STF integra o processo que investiga a atuação do ex-presidente na tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022, além de supostas articulações com setores das Forças Armadas e ex-assessores próximos.