
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) admite arrependimento pelo episódio em que perseguiu um homem com uma arma em mãos, véspera das eleições de 2022. “Devia ter entrado no carro e ido embora”, disse. Com julgamento suspenso, a maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) já votou por sua condenação a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto e pela perda de mandato.
Zambelli também se diz decepcionada com Jair Bolsonaro (PL), a quem apoiou por anos. “Acho que esperava apoio. Desde 2013 eu apoio o Bolsonaro. Antes como ativista, depois na campanha de 2018 e durante todo o governo. Acho que fui uma das pessoas mais linha de frente dentro do Congresso para defender o governo, o presidente. Esperava ter algum tipo de retribuição em relação a isso. Ou seja, contar com a amizade dele nesse momento difícil. Mas acho que não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram”, afirmou.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se vê abandonada por Jair Bolsonaro (PL), de quem era uma das principais aliadas, e discorda do ex-presidente, que credita a ela a derrota para Lula (PT) naquele pleito. "Não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do… pic.twitter.com/9EAugYGt5P
— Folha de S.Paulo (@folha) March 30, 2025
Sobre a declaração de Bolsonaro de que ela teria sido responsável pela derrota para Lula (PT), Zambelli rebateu: “Eu discordo do presidente Bolsonaro. Eu acho que atrapalhou, sim. Mas não teve vários dias de divulgação dessa imagem. Foi simplesmente meio dia. Não acho que tanta gente tenha mudado de opinião em relação ao voto que daria”.
A deputada indicou nomes para representar a direita em 2026. “Tem a Michelle, a esposa do Bolsonaro, que é uma excelente candidata. O Tarcísio [de Freitas] também é outra opção”, disse. No entanto, depois da entrevista, Zambelli voltou atrás e afirmou ser cedo para definir nomes.
Leia a íntegra da entrevista na Folha de S.Paulo
Fonte: https://agendadopoder.com.br/video-zambelli-diz-ter-sido-abandonada-por-bolsonaro-e-nega-culpa-por-derrota-em-2022/