22 de setembro de 2024
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira que não necessariamente pretende concorrer como cabeça de chapa nas eleições presidenciais de 2026. Em um encontro com jornalistas em Belo Horizonte, Zema mencionou que pode ser candidato a vice-presidente em uma composição com outro nome da direita, sem especificar qual.

– Irei participar (das eleições) de toda forma. Não ligo de ser vice, o que eu quero é participar, é fazer parte para mudar o Brasil – disse o governador, em declaração ao jornal “O Tempo”.

Além de Zema, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também estão buscando se viabilizar para concorrer ao Palácio do Planalto pela direita. A disputa é para herdar o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que seria o candidato natural desse campo, mas está inelegível após duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde o início de seu segundo mandato, Zema tem feito acenos aos bolsonaristas e, ao mesmo tempo, tentado manter um diálogo republicano com o governo federal.

No início deste ano, o governador deu declarações defendendo que as crianças mineiras não precisariam estar com o cartão vacinal em dia para se matricular nos colégios estaduais. A iniciativa, aplaudida por políticos do núcleo duro como o senador Cleitinho (Republicanos) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), resultou em acionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Paralelamente, Zema esteve presente em eventos com o presidente Lula (PT), onde pregou a harmonia entre a gestão estadual e o Palácio do Planalto. Além dos discursos, mudanças internas têm ocorrido em sua gestão. Uma delas diz respeito ao investimento em comunicação desde a criação de uma subsecretaria para o tema, aprovada na reforma administrativa pela Assembleia Legislativa.

Essa subsecretaria, comandada pelo engenheiro civil Bernardo Santos, ex-presidente do diretório municipal do Novo em Belo Horizonte, passou a administrar órgãos que estavam sob a alçada da Secretaria de Cultura, como a emissora de televisão Rede Minas e a Rádio Inconfidência.

Desde então, esses meios de comunicação, que antes tinham uma programação educativa, passaram a transmitir conteúdos sobre o trabalho no Palácio Tiradentes. A iniciativa foi amplamente criticada pela oposição, que acusa Zema de usar a máquina pública para autopromoção.

Além da corrida presidencial, Zema tem feito mudanças visando à disputa por sua sucessão, onde o vice-governador Mateus Simões (Novo) desponta como nome natural. Nesse contexto, Simões tem ganhado cada vez mais destaque, com agendas pelo estado e mantendo o diálogo com a base governista na Assembleia Legislativa. Em momentos importantes da gestão, Zema tem deixado o vice-governador tomar à frente. Sua agenda inclui entrega de obras, entrevistas em jornais e encontros com lideranças.

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou Minas pela primeira vez em seu atual mandato, em fevereiro deste ano, foi Simões quem recebeu o petista no aeroporto. Ele descreve sua relação com Lula como “amena” e “republicana”.

Com informações de O Globo.

O post Zema afirma que não precisa ser cabeça de chapa em eleição presidencial: ‘Não de ligo de ser vice, o que eu quero é participar’ apareceu primeiro em Agenda do Poder.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/zema-afirma-que-nao-precisa-ser-cabeca-de-chapa-em-eleicao-presidencial-nao-de-ligo-de-ser-vice-o-que-eu-quero-e-participar/