20 de outubro de 2025
Justiça libera suspeitos de sacar R$ 400 mil de emendas
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Publicado por Talliana Luz
| Data da Publicação 20/10/2025 08:16
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A Justiça do Maranhão concedeu liberdade provisória às três pessoas presas em flagrante sob suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo recursos desviados de emendas parlamentares estaduais. A decisão foi proferida pelo juiz Luís Carlos Dutra, do Plantão Criminal de 1º Grau de São Luís, após audiência de custódia.

Foram soltos Larissa Rezende Santos, assessora parlamentar; Maria José de Lima Soares, presidente do Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções LTDA; e Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina. O trio havia sido preso na sexta-feira (17) em uma agência do Banco do Brasil, no Centro da capital maranhense.

Segundo a Polícia Federal, os três foram detidos logo após sacar cerca de R$ 400 mil que deveriam ter sido aplicados em projetos culturais e sociais. No total, a operação resultou na apreensão de R$ 500 mil em espécie, divididos entre os suspeitos: R$ 400 mil estavam em uma mochila com Larissa Rezende, R$ 19,3 mil com Maria José de Lima Soares, e R$ 50 mil em posse de Ivan Madeira. O total de recursos sob investigação ultrapassa R$ 2 milhões.

Segundo a Polícia Federal, parte dos valores seria destinada a parlamentares e a despesas de comissão e tributos, levantando suspeitas de crimes de peculato e corrupção passiva.

As investigações da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz/PF) indicam que o dinheiro teria origem em repasses da Secretaria de Cultura do Maranhão (Secma), por meio de emendas de parlamentares estaduais.

Diante de citações a nomes de deputadas nos depoimentos e documentos apreendidos, o Ministério Público Federal solicitou o declínio de competência para o Plantão de 2º Grau, a fim de preservar a prerrogativa de foro.

Entre os nomes mencionados nos autos, aparecem as deputadas estaduais Helena Duailibe, Andreia Rezende e Cláudia Coutinho (licenciada), citadas em documentos ou depoimentos que relacionam emendas parlamentares às entidades investigadas. Nenhuma delas, até o momento, figura como investigada formalmente pela PF.

Com a concessão da liberdade provisória, os três suspeitos devem responder ao processo em liberdade, sob condições fixadas pela Justiça. As investigações continuam sob sigilo.

Fonte: https://centraldenoticiasbrasil.com/2025/10/20/justica-libera-suspeitos-de-sacar-r-400-mil-de-emendas-parlamentares/