Polícia investiga execução de motociclista por fotos em celular

O corpo do motociclista de aplicativo Franklin César, de 25 anos, foi sepultado na tarde desta quarta-feira (27) em um cemitério na Estrada de São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís, sob forte comoção de familiares e presença de diversos colegas de profissão.

Franklin havia desaparecido no domingo (24), após realizar sua última corrida por volta das 18h30 para a região da Península do Ipase, em São Luís. Ele morava no Conjunto São Raimundo.

O corpo foi encontrado na tarde dessa terça-feira (26), enterrado em uma cova rasa em uma área conhecida como “Poeirão”, no bairro Bequimão.

(Foto: Reprodução/Rede Sociais)

Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Depois, foi divulgado que a vítima teria sido morta por engano, após ser confundida como membro de uma facção criminosa rival. No entanto, após a prisão de um dos suspeitos de envolvimento no caso, surgiram novas linhas de investigação.

O detido foi identificado como Wendel Araújo da Silva, de 21 anos, conhecido como “Carioca”, apontado como líder de uma facção criminosa que atua na área onde a vítima foi localizada.

Wendel Araújo é apontado como líder de uma facção criminosa (Imagens: Reprodução)

Em depoimento, Carioca revelou o local exato onde estava o corpo e afirmou que Franklin foi capturado por integrantes do grupo na noite de domingo.

Ainda segundo o depoimento, a motivação do crime pode ter sido fotografias encontradas no celular da vítima fazendo apologia a uma facção criminosa rival. Carioca disse que não ordenou a execução, mas teria deixado que os comparsas decidissem o que fazer com Franklin.

A polícia apura também a informação de que Franklin teria ido à região para se encontrar com uma mulher, supostamente garota de programa, que estava na lista de punição da facção por levar um suspeito de grupo rival aos apartamentos da área. Essa pode ser a explicação para a corrida não ter sido registrada no aplicativo.

A Polícia Civil do Maranhão segue as investigações para identificar e prender os demais envolvidos e confirmar a real motivação do crime.

A morte de Franklin César gerou revolta e uma onda de protestos por toda a Região Metropolitana, principalmente próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Os protestos tiveram início na tarde dessa terça e se estenderam até esta quarta, percorrendo as principais avenidas da capital.

(Imagens: CNB/Reprodução)