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Luciano Leitoa foi prefeito de Timon por dois mandatos
A recente retomada do transporte público em Timon-MA gerou uma onda de questionamentos e indignacão, não apenas pelo retorno do serviço, mas pela maneira escandalosa como o processo foi conduzido. O ex-prefeito Luciano Leitoa, em suas redes sociais, denunciou a assinatura de um contrato emergencial sem licitação pelo atual gestor municipal, Rafael Leitoa, seu primo e atual adversário político. O valor desse contrato? Um absurdo R$ 21,6 milhões para um serviço de apenas seis meses.
O contrato, firmado sem transparência, destina-se à operação de 44 ônibus, muitos dos quais em condição precária, com 12 anos de uso, sem ar-condicionado, expondo a população a um serviço de qualidade duvidosa. O valor estimado equivale a um custo mensal de R$ 3,6 milhões, suficiente para a compra de 20 ônibus novos, conforme apontou o ex-prefeito. Isso significa que, ao final de seis meses, cada ônibus alugado sairá por um custo de R$ 1 milhão, um valor incompatível com a realidade de mercado e que levanta sérias suspeitas sobre a lisura do contrato.
“Não se pode aproveitar da necessidade do povo para assinar contratos desse tipo, achando que as pessoas são burras ou não vão perceber”, afirmou Luciano Leitoa, destacando a falta de justificativa plausível para a escolha desse modelo de gestão.
A situação se torna ainda mais revoltante com as falhas operacionais que já surgiram logo nos primeiros dias de funcionamento. Ônibus quebrando em plena Avenida Maranhão, em Teresina, causando transtornos e evidenciando a precariedade da frota contratada. Fatos como esse são públicos e notórios, demonstrando que além do custo exorbitante, a população também sofre com um serviço de baixa qualidade.
Esse escândalo reforça a necessidade de investigação rigorosa por parte dos órgãos de controle e fiscalização, para que os responsáveis sejam devidamente cobrados e que a população não seja mais uma vez prejudicada por gestões questionáveis e contratos suspeitos.