16 de agosto de 2025
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Foto: Divulgação

Após 16 meses de aumentos consecutivos, o preço do café moído começou a recuar nos supermercados de São Paulo. Segundo o IPC da Fipe, houve queda de 0,18% na segunda semana de julho. Embora os preços ainda estejam elevados, a expectativa é de que o alívio chegue com mais força nos próximos três meses.

O café foi um dos produtos que puxaram a queda de 0,52% na cesta básica da região Sudeste em junho, segundo a Abras. Mesmo com o aumento das tarifas de importação dos EUA, os efeitos ainda não impactaram o mercado interno.

Em pesquisa feita em supermercados da capital paulista, o pacote de 500g custava, em média, R$ 37,21 — com variações de R$ 27,99 a R$ 44,99. Já o de 250g saía por R$ 20,91. A queda nos preços no atacado começou em março, mas só agora chega ao varejo, segundo Guilherme Moreira, da Fipe.

Felipe Queiroz, da Apas, acredita que a concorrência entre redes deve acelerar o repasse da queda. O consumidor, por enquanto, tem optado por marcas mais baratas e embalagens menores.

Nos bares e restaurantes, o impacto ainda não foi sentido. Segundo Joaquim Saraiva, da Abrasel-SP, o preço do espresso gourmet segue em média a R$ 10. “0,18% de queda ainda não muda nada”, afirma.

A Abic explica que os preços altos foram causados por uma safra anterior fraca e maior demanda. Com a nova colheita e maior estabilidade cambial, os preços começaram a recuar. Segundo o Cepea, o conilon caiu 18,4% em junho e o arábica, 14,4%, chegando a R$ 1.834,36 a saca.

No entanto, o aumento da tarifa americana para o café brasileiro, de 10% para 50%, preocupa o setor, que teme prejuízos nas exportações para os EUA, destino de 25% do volume exportado.

Com informações do diariodocentrodomundo.com.br